Revista Brasileira de Anestesiologia (Oct 2012)

Perfil epidemiológico e ocupacional dos anestesiologistas inseridos no mercado de trabalho de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 2010

  • Bárbara Silva Neves,
  • Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942012000500002
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 5
pp. 618 – 624

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Exposto aos diversos fatores de riscos ocupacionais, o anestesiologista deve saber como vivenciar as situações relacionadas ao trabalho e à vida cotidiana para que o adoecimento não faça parte da sua realidade. O conhecimento do trabalho através do trabalhador é uma forma de buscar a fundo o universo que cerca o profissional para que soluções eficientes aumentem a satisfação e minimizem os danos. O objetivo desta investigação é traçar um perfil epidemiológico e ocupacional do anestesiologista de Belo Horizonte, Minas Gerais. MÉTODOS: Estudo quantitativo, transversal, aleatório entre os membros da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais. Dados coletados através de questionário específico, incluindo o CAGE, para avaliação do alcoolismo, e o Self-Report Questionnaire (SRQ-20), para avaliação da prevalência dos transtornos mentais comuns (TMC). RESULTADOS: Houve um predomínio de homens (62,4%) trabalhando em esquema de plantão (91,1%), tanto diurno quanto noturno. A média de plantões noturnos foi de 5,4% nos últimos 30 dias. A maior parte deles (88,3%) em serviços de urgência. A maioria dos profissionais considerase muito cansada e sobrecarregada ou muito sobrecarregada, porém se diz realizada com o trabalho. Houve associação estatística entre CAGE positivo e sobrecarga de trabalho e entre esse e o SRQ-20. CONCLUSÕES: O universo estudado mostra o médico anestesiologista como um profissional bastante sobrecarregado, o que vai de encontro às tendências da profissão médica. Atenção importante deve ser dada a esse profissional, que vive cercado de danosos riscos ocupacionais.

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