Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (Aug 2023)

Fatores associados à elevada exposição ao comportamento sedentário em pessoas idosas: uma análise com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

  • Danielle Samara Tavares de Oliveira-Figueiredo,
  • Matteus Pio Gianotti Pereira Cruz Silva,
  • Paula Yhasmym de Oliveira Feitosa,
  • Allana Petrucia Medeiros de Miranda

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-22562023026.230056.pt
Journal volume & issue
Vol. 26

Abstract

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Resumo Objetivo Analisar os fatores associados ao comportamento sedentário em pessoas idosas. Método Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019 com 22.728 pessoas idosas do Brasil. O desfecho foi o comportamento sedentário e as exposições: características sociodemográficas, estilo de vida, características do domicílio e doenças crônicas. Foi empregada a regressão logística múltipla e um nível de significância de 5%. Resultados A prevalência do comportamento sedentário foi 32,8% (IC95%: 31,8-33,8).Verificou-se maior chance para o desfecho no sexo feminino (OR =1,20; IC 95%: 1,08-1,34), entre as faixas etárias de 70 a 79 anos (OR = 1,22; IC 95%: 1,09-1,36) e 80 anos ou mais (OR=1,18; IC 95%: 1,02-1,36); entre pessoas idosas quem não tem companheiro (OR= 1,27; IC95%: 1,14-1,41); diabéticos (OR =1,17; IC 95%: 1,06-1,30), hipertensos (OR =1,34; IC 95%: 1,18-1,51), naqueles que tiveram Acidente Vascular Cerebral (OR = 1,61; IC 95%: 1,32-1,96) e naqueles que não têm lugar para praticar atividade física próximo do domicilio (OR =1,16; IC95%:1,05-1,29). Pessoas idosas com baixa escolaridade (OR = 0,71; IC 95%: 0,61- 0,82), e residentes em zona rural (OR = 0,53; IC 95%: 0,47-0,61) possuem menores chances de comportamento sedentário. Conclusão Mulheres, maiores faixas etárias (a partir dos 70 anos), pessoas com diabetes, hipertensão e que já tiveram AVE, e que não possuem locais para prática de atividade física próximo à residência foram associados à elevada exposição ao comportamento sedentário. Enquanto, viver em zonas rurais e possuir menor escolaridade apresentaram associação inversa a esse comportamento de risco.

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