Brazilian Journal of Psychiatry (Dec 2004)
Transtorno desafiador de oposição: uma revisão de correlatos neurobiológicos e ambientais, comorbidades, tratamento e prognóstico Oppositional defiant disorder: a review of neurobiological and environmental correlates, comorbidities, treatment and prognosis
Abstract
Transtorno desafiador de oposição (TDO) é uma entidade diagnóstica independente, mas é freqüentemente estudada em conjunto com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) ou com transtorno de conduta (TC). O objetivo deste artigo é o de fazer uma revisão das evidências existentes, obtidas por meio da base de dados PubMed, sobre achados neurobiológicos no transtorno desafiador de oposição, funcionamento familiar e escolar, comorbidades, prognóstico e opções terapêuticas para transtorno desafiador de oposição. A evidência de correlatos hormonais, genéticos e neurofuncionais de transtorno desafiador de oposição, a conexão com a família, as relações e desempenho escolares, a associação com transtornos do humor, ansiosos e disruptivos, o risco de evolução para transtorno de conduta e de persistência de sintomas de transtorno desafiador de oposição são descritos. Uma revisão do efeito da Terapia Cognitivo-Comportamental e tratamento farmacológico é apresentada. A análise das evidências disponíveis mostra que o impacto de transtorno desafiador de oposição não deve ser ignorado e que o transtorno desafiador de oposição deve ser devidamente abordado. O impacto do tratamento de transtorno desafiador de oposição no prognóstico de longo prazo dos pacientes ainda precisa ser determinado.Oppositional defiant disorder (ODD) is an independent diagnostic entity but it is frequently studied in conjunction with Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) or Conduct Disorder (CD). The purpose of this paper is to review the extant evidence, through the PubMed database, on the neurobiological correlates of oppositional defiant disorder and also describe the familiar and school functioning, comorbidities, prognosis and therapeutic options for oppositional defiant disorder. Evidence of hormonal, genetic and neurofunctional findings in oppositional defiant disorder, correlation with the family, school relations and performance, and the association with mood and anxiety and disruptive disorders are described. The risk of an evolution to conduct disorder and of persistence of the oppositional defiant disordersymptoms is depicted. A review of the effect of Cognitive-Behavioral Therapy and medication is presented. Analysis of the available evidence shows that the impact of oppositional defiant disordershould not be ignored and it should be properly addressed. The effect of treatment for oppositional defiant disorderon the long-term outcome of patients still needs to be addressed.
Keywords