Revista Portuguesa de Cardiologia (Nov 2017)

Early, real-world experience with direct oral anticoagulants in the treatment of intermediate-high risk acute pulmonary embolism

  • Sónia Martins Santos,
  • Susana Cunha,
  • Rui Baptista,
  • Sílvia Monteiro,
  • Pedro Monteiro,
  • Francisco Gonçalves,
  • Mariano Pêgo

Journal volume & issue
Vol. 36, no. 11
pp. 801 – 806

Abstract

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Introduction: Intermediate-high risk pulmonary embolism (IHR-PE) has a poor prognosis, but is under-represented in trials of direct oral anticoagulants (DOACs) in venous thromboembolic disease (VTE). We aimed to assess whether the administration of DOACs was equivalent to the conventional (CONV) treatment of low-molecular weight heparin bridged with warfarin for treating IHR-PE. Methods: We conducted a retrospective cohort study including 59 consecutive patients admitted with IHR-PE and followed for up to three months after discharge. Two groups were created based on the anticoagulant strategy: CONV (n=35) and DOAC (n=24). The efficacy endpoints were death, recurrent PE, estimated pulmonary artery systolic pressure (PASP), right ventricular systolic function (RVSF) at discharge, and length of stay; the safety endpoint was major bleeding. Results: The two groups were similar regarding demographics, PE etiology and markers of clinical severity. There were four in-hospital deaths in the CONV group and none in the DOAC group. No recurrent PE or major bleeding event was recorded in either group. At discharge, neither PASP nor RVSF was different between the groups. Patients in the DOAC group were discharged 1.7 days earlier on average than patients in the CONV group (4.7±2.4 vs. 3.0±1.5 days, p=0.002). Conclusions: The adoption of a DOAC treatment strategy in this real-world cohort of IHR-PE patients was associated with similar efficacy and safety to the CONV approach. The fact that monitoring of anticoagulation effect was unnecessary probably led to the significant reduction in length of stay. Resumo: Introdução: O tromboembolismo pulmonar de risco intermédio-elevado (TEP-IE) condiciona um prognóstico mais agravado, mas se encontra sub-representado nos ensaios dos anticoagulantes orais diretos (ACOd) na doença tromboembólica venosa (DTV). Avaliamos se a administração de ACOd foi equivalente à estratégia terapêutica convencional (CONV) (heparina de baixo peso molecular (HBPM) + varfarina) no tratamento do TEP-IE. Métodos: Fez-se um estudo de coorte retrospetivo com 59 doentes consecutivos internados por TEP-IE, seguidos até três meses após a alta. Criaram-se dois grupos, baseados na estratégia terapêutica anticoagulante: CONV (n = 35) e DOAC (n = 24) (ACOd). Os desfechos de eficácia foram a morte, o TEP recorrente, a pressão sistólica na artéria pulmonar (PSAP), a função ventricular direita (FVD) e a duração do internamento; o desfecho de segurança foi a hemorragia major. Resultados: Os grupos eram comparáveis relativamente aos aspetos demográficos, à etiologia do TEP e aos marcadores de gravidade clínica. Ocorreram quatro mortes intra-hospitalares no grupo CONV e nenhuma no grupo DOAC. Nenhum evento de TEP recorrente ou hemorragia major ocorreu em qualquer dos grupos. À data de alta, quer a PSAP quer a FVD não diferiram entre os dois grupos. A alta ocorreu 1,7 dia mais cedo no grupo DOAC do que no grupo CONV (4,7±2,4 versus 3,0±1,5 dias, p = 0,002). Conclusões: A adoção de uma estratégia de tratamento com ACOd associou-se a um perfil de eficácia e segurança semelhante à abordagem convencional. A ausência da necessidade de monitoração do efeito anticoagulante provavelmente motivou a redução na duração de internamento. Keywords: Anticoagulants, Venous thromboembolism, Real world, Pulmonary embolism, Intermediate-high risk, Warfarin, Palavras-chave: Anticoagulantes, Tromboembolismo venoso, Mundo real, Embolia pulmonar, Risco intermédio a elevado, Varfarina