Revista Brasileira de Cancerologia (Dec 2007)

O Impacto das Alterações Cromossômicas Adicionais em Resposta ao Mesilato de Imatinibe na Leucemia Mielóide Crônica

  • Luize Otero,
  • Maria Helena Ornellas,
  • Alexandre Mello de Azevedo,
  • Jane Dobbin,
  • Eliana Abdelhay,
  • Luiz Fernando Bouzas,
  • Teresa de Souza Fernandez

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2007v53n4.1770
Journal volume & issue
Vol. 53, no. 4

Abstract

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Imatinibe induz à resposta citogenética completa em cerca de 80% dos pacientes diagnosticados com leucemia mielóide crônica (LMC) em fase crônica (FC), e em 41% dos pacientes em 1ª FC após falha do tratamento com interferon-α. Alguns pacientes, entretanto, não respondem completamente. Em muitos estudos, a resistência à droga em pacientes tratados com imatinibe é correlacionada a alterações cromossômicas adquiridas durante o tratamento. No presente estudo, foram analisados 48 pacientes tratados com imatinibe após resistência ao interferon-_, com o objetivo de verificar o impacto das alterações cromossômicas adicionais ao Philadelphia (Ph), prévias à terapia com imatinibe. Alterações adicionais foram detectadas em 33,3% dos pacientes. Pacientes com somente o cromossomo Ph apresentaram melhor taxa de resposta citogenética e sobrevida global significativa maior quando comparados com os pacientes que apresentavam alterações cromossômicas adicionais antes do início da terapia com imatinibe. Assim, nesse grupo de pacientes, a escolha de outra conduta terapêutica, como o transplante de células tronco-hematopoéticas ou regime de combinação de drogas, pode ser indicada. O presente estudo indica a importância do duplo Ph antes do início da terapia com imatinibe. Todos os pacientes com esta alteração não responderam ao tratamento, sendo a mesma associada à resistência à droga. Este estudo sugere que a citogenética clássica permanece como uma ferramenta importante no monitoramento de pacientes portadores de LMC tratados com imatinibe.

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