Revista Brasileira de História (Apr 2016)

O monasticismo de Martinho de Tours e as aristocracias na Gália do século IV

  • Matheus Coutinho Figuinha

DOI
https://doi.org/10.1590/1806-93472016v36n71-001
Journal volume & issue
Vol. 36, no. 71
pp. 13 – 33

Abstract

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RESUMO Sulpício Severo afirma, na sua Vida de Martinho (10.8), que muitos nobres residiam em Marmoutier, o monastério fundado pelo protagonista a pouco mais de 3 quilômetros de Tours. Desde o aparecimento dos comentários de Jacques Fontaine à Vida, na década de 1960, os estudiosos têm se apoiado na afirmação de Sulpício para interpretar questões fundamentais do monasticismo martiniano. Eles supõem que a prática do trabalho manual em Marmoutier fosse determinada por valores aristocráticos e que a manutenção material do monastério dependesse dos recursos dos seus membros mais ricos. O objetivo deste artigo é examinar a confiabilidade da afirmação de Sulpício. Argumento que não há indícios claros que a corroboram e que ela, portanto, deve ser considerada com muita cautela.

Keywords