Arquivos de Gastroenterologia (Sep 2008)

Changes in the management of patients with severe acute pancreatitis Mudanças no manejo de doentes com pancreatite aguda grave

  • Tercio De Campos,
  • Candice Fonseca Braga,
  • Laíse Kuryura,
  • Denise Hebara,
  • José Cesar Assef,
  • Samir Rasslan

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-28032008000300002
Journal volume & issue
Vol. 45, no. 3
pp. 181 – 185

Abstract

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BACKGROUND: Severe acute pancreatitis is present in up to 25% of patients with acute pancreatitis, with considerable mortality. Changes in the management of acute pancreatitis in the last 2 decades contributed to reduce the mortality. AIM: To show the evolution in the management of severe acute pancreatitis, comparing two different approaches. METHODS: All patients with severe acute pancreatitis from 1999 to 2005 were included. We compared the results of a retrospective review from 1999 to 2002 (group A) with a prospective protocol, from 2003 to 2005 (group B). In group A severe pancreatitis was defined by the presence of systemic or local complications. In group B the Atlanta criteria were used to define severity. The variables analyzed were: age, gender, etiology, APACHE II, leukocytes, bicarbonate, fluid collections and necrosis on computed tomography, surgical treatment and mortality. RESULTS: Seventy-one patients were classified as severe, 24 in group A and 47 in group B. The mean APACHE II in groups A and B were 10.7 ± 3.5 and 9.3 ± 4.5, respectively. Necrosis was seen in 12 patients (50%) in group A and in 21 patients (44.7%) in group B. Half of the patients in group A and two (4.3%) in group B underwent to pancreatic interventions. Mortality reached 45.8% in group A and 8.5% in group B. CONCLUSION: A specific approach and a prospective protocol can change the results in the treatment of patients with severe acute pancreatitis.RACIONAL: A pancreatite aguda grave está presente em até 25% dos doentes com pancreatite aguda, com mortalidade considerável. Mudanças no tratamento da pancreatite aguda nas últimas duas décadas contribuíram para a redução da mortalidade destes doentes. OBJETIVO: Mostrar a evolução do manejo da pancreatite aguda, comparando duas diferentes abordagens. MÉTODOS: Todos os doentes com pancreatite aguda grave de 1999 a 2005 do Serviço de Emergência da Santa Casa de São Paulo, SP, foram incluídos. Os resultados de uma revisão retrospectiva de 1999 para 2002 (grupo A) foram comparados com um protocolo prospectivo, de 2003 para 2005 (grupo B). No grupo A, a pancreatite grave era definida pela presença de complicações sistêmicas ou locais. No grupo B os critérios de Atlanta foram utilizados para definir a gravidade. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, etiologia, APACHE II, leucócitos, bicarbonato, coleções e necrose na tomografia, tratamento cirúrgico e mortalidade. RESULTADOS: Setenta e um doentes foram classificados como graves, 24 no grupo A e 47 no grupo B. A média do APACHE II nos grupos A e B foram 10,7 ± 3,5 e 9,3 ± 4,5, respectivamente. A necrose foi vista em 12 doentes (50%) no grupo A e em 21 doentes (44,7%) no grupo B. Metade dos doentes no grupo A e dois (4,3%) no grupo B foram submetidos a operação pancreática. A mortalidade foi de 45,8% no grupo A e 8,5% no grupo B. CONCLUSÃO: Uma abordagem específica e um protocolo prospectivo podem mudar os resultados no tratamento de doentes com pancreatite aguda grave.

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