Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (Oct 2021)
Efeitos da atividade física em hipertensos
Abstract
A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por altos e sustentados níveis de pressão arterial, podendo ser desenvolvida ou agravada pela hereditariedade ou maus hábitos de vida e alimentares. Esta pode ser tratada e/ou controlada via medicamentosa e não-medicamentosa (atividade física e alimentação). O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da prática regular de atividade física no controle da pressão arterial, frequência cardíaca, qualidade de vida e do sono, através de um estudo de caso com observação de 3 meses. No qual as variáveis foram avaliadas, isoladamente e posteriormente comparados, através de testes complementares, exames, questionários e protocolo de exercícios. O trabalho desenvolvido surtiu efeitos positivos, no qual o principal foco do estudo foi observar e atuar nos efeitos do exercício, predominantemente aeróbico, tanto agudo quanto crônico, sobre os índices de pressão arterial e frequência cardíaca. Os efeitos agudos relacionados a pressão arterial sistólica e diastólica foram reduções de 22,7% e 4,6%, respectivamente; já em relação a frequência cardíaca foi redução de 5,7%. Comparando com pesquisas a pressão arterial sistólica apresentou resposta contrária, explicada através da ação do Oxido Nítrico. Já os efeitos crônicos, em relação a pressão arterial sistólica e diastólica foram reduções de 21,6% e 18,3%, respectivamente; já em relação a frequência cardíaca foi redução de 4,9%. Portanto, conclui-se que hipertensos praticantes de atividade física regular podem apresentar adaptações fisiológicas no sistema cardiovascular. Dessa forma, os exercícios podem gerar restauração geral da saúde e do corpo, estando estes em constante evolução.