Signótica (Jan 2009)

Mortos do subterrâneo: o discurso sepulcral em Bobók e Memórias póstumas de Brás Cubas

  • Augusto Rodrigues da Silva Junior

DOI
https://doi.org/10.5216/sig.v21i1.8612
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1
pp. 17 – 38

Abstract

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A fusão da gargalhada desfigurante com uma negatividade cética discute oque há de mais significativo para o homem: a existência. A morte romanceadadialoga com a catábase homérica, com a sátira menipeica, com o banquete nosvelórios medievais, com a alegria abundante em Rabelais, com manifestaçõesda modernidade, incluindo o conto “Bobók”, de Dostoiévski. Ao convergirliminarmente fantasia e realidade, Memórias póstumas de Brás Cubas rompecom os limites do romance usual e anuncia uma linguagem galhofeira emelancólica que decompõe as eternas contradições humanas.