Signótica (Jan 2009)
Mortos do subterrâneo: o discurso sepulcral em Bobók e Memórias póstumas de Brás Cubas
Abstract
A fusão da gargalhada desfigurante com uma negatividade cética discute oque há de mais significativo para o homem: a existência. A morte romanceadadialoga com a catábase homérica, com a sátira menipeica, com o banquete nosvelórios medievais, com a alegria abundante em Rabelais, com manifestaçõesda modernidade, incluindo o conto “Bobók”, de Dostoiévski. Ao convergirliminarmente fantasia e realidade, Memórias póstumas de Brás Cubas rompecom os limites do romance usual e anuncia uma linguagem galhofeira emelancólica que decompõe as eternas contradições humanas.