Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Feb 2022)

Distribuição Espacial de Mortalidade por Insuficiência Cardíaca no Brasil, 1996-2017

  • Virna Ribeiro Feitosa Cestari,
  • Thiago Santos Garces,
  • George Jó Bezerra Sousa,
  • Thatiana Araújo Maranhão,
  • João David Souza Neto,
  • Maria Lúcia Duarte Pereira,
  • Vera Lúcia Mendes de Paula Pessoa,
  • João Tobias Lima Sales,
  • Raquel Sampaio Florêncio,
  • Lorena Campos de Souza,
  • Glauber Gean de Vasconcelos,
  • Maria Gyslane Vasconcelos Sobral,
  • Lara Lídia Ventura Damasceno,
  • Thereza Maria Magalhães Moreira

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20201325
Journal volume & issue
Vol. 118, no. 1
pp. 41 – 51

Abstract

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Resumo Fundamento Insuficiência cardíaca (IC) é uma das principais causas de mortalidade e morbidade no mundo, e está associada ao alto uso de recursos e custos com saúde. No Brasil, a prevalência de IC é de aproximadamente 2 milhões de pacientes, e sua incidência é de aproximadamente 240.000 novos casos por ano. Objetivo A investigação objetivou analisar a tendência espaço-temporal da mortalidade causada por IC no Brasil, de 1996 a 2017. Métodos Este é um estudo ecológico desenvolvido com dados secundários sobre mortalidade por IC no Brasil. Durante o período, 1.242.014 casos de morte causada por IC foram analisados. A existência da autocorrelação espacial de casos foi calculada utilizando o Índice de Moran Global (IMG) e, quando significativo, o Índice de Moran Local, considerando p <0,05. O risco relativo dos grupos foi calculado. Resultados A taxa de mortalidade causada por IC foi diversificada em regiões brasileiras, com ênfase no sul, sudeste e nordeste. O IMG indicou autocorrelação espacial positiva (p=0,01) em todos os períodos. Cidades localizadas no sul, sudeste, nordeste e centro-oeste mostraram maior risco relativo para mortalidade causada por IC, e a maioria das cidades do norte foi classificada como um fator protetivo contra esta causa de morte. Conclusões O estudo demonstrou declínio nas taxas de mortalidade no território nacional. A maior concentração de taxas de mortalidade está nas regiões norte e nordeste, enfatizando as áreas prioritárias de vulnerabilidade no planejamento e estratégias de controle de serviços de saúde.

Keywords