Cadernos de Saúde Coletiva (Sep 2015)

Fatores associados a piores níveis na escala de Burnout em professores da educação básica

  • Gustavo Kendy Camargo Koga,
  • Francine Nesello Melanda,
  • Hellen Geremias dos Santos,
  • Flávia Lopes Sant'Anna,
  • Alberto Durán González,
  • Arthur Eumann Mesas,
  • Selma Maffei de Andrade

DOI
https://doi.org/10.1590/1414-462X201500030121
Journal volume & issue
Vol. 23, no. 3
pp. 268 – 275

Abstract

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Resumo A Síndrome de Burnout resulta do estresse crônico no trabalho e é composta por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização profissional. Objetivou-se identificar, em professores da educação básica de Londrina, no Paraná, fatores associados a piores níveis nessas dimensões. Trata-se de estudo transversal realizado entre agosto de 2012 e junho de 2013. Foram pesquisadas características sociodemográficas, ocupacionais, relacionamentos na escola, violência contra o professor e Síndrome de Burnout por meio da escala Maslach Burnout Inventory (MBI). Pontuações > percentil 75 na MBI (exaustão emocional e despersonalização) ou < percentil 25 (realização profissional) foram consideradas como piores níveis. Foram realizadas análises bivariadas e múltiplas por regressão de Poisson. Participaram da pesquisa 804 professores. Após ajustes, relacionamento ruim/regular com alunos associou-se a piores níveis nas três dimensões da escala. Tempo insuficiente para família/lazer e relacionamento ruim/regular com pais permaneceram significativos para piores níveis de exaustão emocional e de despersonalização. Violência física, quantidade de alunos considerada ruim/regular e infraestrutura ruim da escola ainda se mantiveram associadas a piores níveis de despersonalização, enquanto oportunidade ruim/regular para expressar opiniões no trabalho associou-se à baixa realização profissional. Ambiente de trabalho hostil e outros fatores laborais devem ser priorizados por políticas de prevenção da Síndrome de Burnout em professores.

Keywords