Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (Apr 2010)

Ameloblastomas sólidos: estudo retrospectivo clínico e histopatológico em 54 casos Solid ameloblastomas: retrospective clinical and histopathologic study of 54 cases

  • Giovana Medeiros Fulco,
  • Cassiano Francisco Weege Nonaka,
  • Lélia Batista de Souza,
  • Márcia Cristina da Costa Miguel,
  • Leão Pereira Pinto

DOI
https://doi.org/10.1590/S1808-86942010000200005
Journal volume & issue
Vol. 76, no. 2
pp. 172 – 177

Abstract

Read online

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu o padrão desmoplásico do espectro histopatológico do ameloblastomas sólidos e o enquadrou como uma variante distinta, designada ameloblastoma desmoplásico. OBJETIVO: Analisar os achados clínico-patológicos em uma série de casos de ameloblastomas sólidos. FORMA DE ESTUDO: Estudo de coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Dados sobre idade, sexo, localização e características clínicas foram obtidos em fichas de biópsia. Cortes histológicos foram avaliados quanto aos padrões histológicos existentes e o padrão histológico predominante. Os casos foram classificados com base no estudo de Waldron e El-Mofty (1987) e na classificação da OMS de 2005. RESULTADOS: Foram identificados 54 casos, com distribuição similar entre os sexos e média de idade de 38,3 anos. Cinquenta e três casos (98,1%) afetaram a mandíbula. Quarenta e nove casos (90,8%) foram classificados como ameloblastomas sólidos, 3 (5,6%) como ameloblastomas desmoplásicos e 2 (3,7%) como lesões híbridas. Os padrões histológicos folicular (77,6%), acantomatoso (69,4%) e plexiforme (65,3%) foram os mais frequentes nas lesões sólidas. Áreas focais de ameloblastoma desmoplásico foram identificadas em 11 ameloblastomas sólidos (22,4%). CONCLUSÃO: Embora enquadrado como uma variante distinta, nossos resultados revelam que áreas focais de ameloblastoma desmoplásico podem ser identificadas com relativa frequência em ameloblastomas convencionais.Recently, the World Health Organization (WHO) excluded the desmoplastic pattern from the histopathological spectrum of solid ameloblastomas and classified it as a distinct variant, named desmoplastic ameloblastoma. AIM: To perform a retrospective analysis of the clinicopathologic aspects in a case series of solid ameloblastomas. STUDY DESIGN: Cross-sectional cohort study. MATERIALS AND METHODS: Data regarding age, gender, location and clinical characteristics were retrieved from patient records. Histological sections were evaluated regarding existing histological patterns and the predominant histological pattern. Cases were classified according to the study of Waldron and El-Mofty (1987) and the WHO classification of 2005. RESULTS: A total of 54 cases were identified, with similar gender distribution and a mean age of 38.3 years. Fifty three cases (98.1%) affected the mandible. Forty nine cases (90.8%) were classified as solid ameloblastomas, 3 (5.6%) as desmoplastic ameloblastomas, and 2 (3.7%) as hybrid lesions. The most frequent histological patterns in solid ameloblastomas were follicular (77.6%), acanthomatous (69.4%), and plexiform (65.3%). Focal areas of desmoplastic ameloblastomas were identified in 11 solid ameloblastomas (22.4%). CONCLUSION: Despite its characterization as a distinct variant, our results revealed that focal areas of desmoplastic ameloblastomas can be observed with some frequency in conventional ameloblastomas.

Keywords