Opus (Dec 2020)

Musicoterapia para músicos: um estudo sobre relações entre a autoestima e a improvisação musical

  • Beatriz Santos Gontijo,
  • Claudia Regina de Oliveira Zanini,
  • Sonia Ray

DOI
https://doi.org/10.20504/opus2020c2606
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 3
pp. 1 – 24

Abstract

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A performance musical exige um alto nível técnico e artístico que, sem a preparação adequada, pode gerar sintomas de adoecimento. Os sintomas físicos, em geral, são mais discutidos do que os emocionais. Esta pesquisa, de metodologia mista, objetivou investigar as possíveis relações entre autoestima e improvisação musical de um grupo de músicos, antes e após o processo musicoterapêutico. Os critérios de inclusão foram: ter mais de 18 anos de idade; ser aluno da Universidade Federal de Goiás (UFG); cursar Graduação em Música e praticar improvisação em música popular. Os instrumentos utilizados para coleta e análise dos dados foram: a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) e a Improvisation Assessment Profiles (IAPs), ambas aplicadas antes e após o processo musicoterapêutico. O grupo teve três músicos, que participaram de seis sessões de musicoterapia. A análise deu-se por meio da comparação dos dados iniciais e finais das duas escalas em relação aos relatos dos participantes no final do processo musicoterapêutico. Os resultados evidenciaram que o nível de autoestima pode impactar no perfil de improvisação musical do músico, mas são necessários estudos que aprofundem as investigações acerca da relação entre estes dois elementos analisados. Concluiu-se que a musicoterapia trouxe benefícios aos músicos participantes, impactando na autoestima e no fazer musical dos mesmos.

Keywords