Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Oct 2022)

Tendência temporal das complicações do pé diabético e da cobertura da Atenção Primária à Saúde nas capitais brasileiras, 2008–2018

  • Adson Aragão de Araújo Santos,
  • André Fellipe Lima Gomes,
  • Fillipe Siqueira Santos da Silva,
  • Hellen de Carvalho Lima,
  • José Matheus Mendonça da Silva,
  • Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes,
  • Diego Neves Araújo,
  • Carlos Alberto de Lima Botelho Filho,
  • Matheus Rodrigues Lopes,
  • Johnnatas Mikael Lopes

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3420
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 44

Abstract

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Introdução: Complicações diabéticas são condições preveníveis em sua maioria, sendo o pé diabético uma das mais comuns. O manejo adequado do pé diabético mitiga eventos incapacitantes e maiores gastos ao sistema de saúde. As intervenções efetivas na Atenção Primária à Saúde (APS) possibilitam prevenir as complicações diabéticas. Objetivo: Analisar a tendência das complicações do pé diabético e sua relação com a cobertura da APS nas capitais brasileiras, entre 2008 e 2018. Métodos: Estudo ecológico de séries temporais das incidências acumuladas de complicações do pé diabético nas 27 capitais utilizando dados do Sistema de Informação sobre Hipertensos e Diabéticos. As variáveis independentes foram ano, cobertura da APS e da Estratégia Saúde da Família. Empregou-se modelo de regressão de Prais-Winsten. Resultados: No Brasil, ocorreram 45.095 casos de complicações do pé diabético no período, com média de 0,57 casos/100.000 habitantes (p0,05) e crescente em 13 capitais (p<0,05). Há associação entre elevação do nível de cobertura da APS e estabilidade na evolução das complicações diabéticas (p<0,05). Conclusões: Evidencia-se aumento da ocorrência das complicações do pé diabético, contudo, nas capitais com crescimento da cobertura da APS, houve controle da progressão.

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