Revista Brasileira de Anestesiologia (Apr 2010)

Reperfusão rápida e homogênea como fator de risco da síndrome pós-reperfusão hepática durante transplante ortotópico de fígado Reperfusión rápida y homogénea como factor de riesgo del síndrome postreperfusión hepática durante transplante ortotópico de hígado Rapid and homogeneous reperfusion as a risk factor for postreperfusion syndrome during orthotopic liver transplantation

  • Lucas Cordoví de Armas,
  • Rosa E. Jiménez Paneque,
  • Boris Gala López,
  • Edin Ismael Rápalo Romero,
  • Ydriss Añuez Castillo,
  • Marina Beatriz Vallongo Menéndez

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942010000200007
Journal volume & issue
Vol. 60, no. 2
pp. 154 – 158

Abstract

Read online

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A revascularização do órgão transplantado é um momento crucial no transplante ortotópico de fígado (TOF). Aproximadamente um terço dos pacientes desenvolve síndrome pós-reperfusão hepática (SPR), uma combinação de hipotermia, desordens metabólicas e instabilidade cardiovascular que podem levar à parada cardíaca. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação velocidade-qualidade (RVQ) da reperfusão do órgão transplantado como fator independente de predição da SPR. MÉTODOS: Todos os pacientes elegíveis que se submeteram ao TOF em nossa instituição de 1987 a março de 2009 foram incluídos. O OR ajustado da associação RVQ-SPR foi obtido através do modelo de regressão logística, incluindo oito variáveis de confusão. RESULTADOS: A proporção de pacientes que desenvolveram SPR foi maior nos pacientes com RVQ identificada como boa (75,8%) do que naqueles com RVQ média ou baixa; o risco relativo ao comparar a RVQ de boa qualidade com a RVQ de baixa qualidade foi de 12,9 (IC 95%: 2,1 - 528,8). O OR ajustado foi de 132,9 (IC 95%: 10,5 - 1688,6) quando a RVQ de boa e baixa qualidade foram comparadas e de 90,9 (IC 95%: 13,8-645,2) comparando a RVQ boa com a intermediária. CONCLUSÕES: De acordo com nossos resultados, a RVQ pode ser considerada um bom fator preditivo da SPR.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La revascularización del órgano transplantado es un momento crucial en el transplante ortotópico de hígado (TOH). Aproximadamente un tercio de los pacientes debuta con síndrome de post-reperfusión hepática (SPR), una combinación de hipotermia, desórdenes metabólicos e inestabilidad cardiovascular que pueden conllevar a la parada cardíaca. El objetivo de este estudio fue evaluar la relación velocidad-calidad (RVC), de la reperfusión del órgano transplantado como factor independiente de predicción de la SPR. MÉTODOS: Todos los pacientes elegibles que se sometieron al TOH en nuestra institución desde 1987 a marzo de 2009, estuvieron incluidos en el estudio. El OR ajustado de la asociación RVC-SPR, se obtuvo a través del modelo de regresión logística, incluyendo ocho variables de confusión. RESULTADOS: La proporción de pacientes que debutaron con SPR fue más elevada en los pacientes con RVC identificada como buena (75,8%), que en aquellos con RVC media o baja; el riesgo relativo al comparar la RVC de buena calidad con la RVC de baja calidad fue de 12,9 (IC 95%: 2,1 - 528,8). El OR ajustado fue de 132,9 (IC 95%: 10,5 - 1688,6) cuando la RVC de buena y baja calidad fueron comparadas, y de 90,9 (IC 95%: 13,8-645,2) comparando la RVC buena con la intermedia. CONCLUSIONES: De acuerdo con nuestros resultados, la RVC puede ser considerada como un buen factor predictivo de la SPR.BACKGROUND AND OBJECTIVES: The revascularization of the graft remains as a crucial instant of the orthotopic liver transplantation (OLT) surgical procedure. About a third of the recipients suffer the postreperfusion syndrome (PRS), a combination of hypothermia, metabolic disorders and cardiovascular instability potentially leading to cardiac arrest. The objective of this study was to evaluate the speed-quality (SQR) of the graft`s reperfusion as an independent predictor of PRS. METHODS: All eligible patients receiving an OLT in our institution from 1987 to march 2009 were included. The adjusted OR for SQR-PRS association was obtained by means of logistic regression modeling including eight potential confounders. RESULTS: The proportion of recipients suffering PRS was highest when the SQR was identified as good (75.8%) compared to those with middle or poor SQR; the relative risk comparing good SQR with poor SQR was 12.9 (CI 95%: 2.1-528.8). The adjusted OR was 132.9 (95% CI: 10.5-1688.6) when comparing good with bad SQR and 90.9 (95% CI: 13.8-645.2) when comparing good with intermediate SQR. CONCLUSIONS: According to our results, SQR can be considered an unambiguous predictor of PRS.

Keywords