Civitas - Revista de Ciências Sociais (Jan 2021)
Patologizados, fatigados y perdidos: interpretaciones sociológicas del crecimiento de las depresiones en la modernidad tardía = Pathologized, tired and lost: sociological interpretations of the growth of depressions in late modernity = Patologizados, cansados e perdidos: interpretações sociológicas do crescimento das depressões na modernidade tardia
Abstract
O artigo analisa a emergência da depressão como a doença mental mais frequente na modernidade tardia. A partir do existencialismo sociológico de Peters (2017), ele concebe a depressão como um modo particular de insegu-rança ontológica. Ele afirma que o aumento dos diagnósticos é compreensível a partir de três amplas chaves interpretativas vinculadas às transformações das sociedades da modernidade tardia. A primeira refere-se a uma crescente patologização da angústia associada ao surgimento de formas de conceituar o sofrimento psíquico. A segunda refere-se ao aprofundamento dos imperativos de autorrealização que causam patologias de esgotamento de si. A terceira evidencia a expansão de uma multiplicidade de guias de referência que se manifesta na perda de sentido da existência. A depressão contemporânea representa simultaneamente uma patologia retórica, de ação e de sentido correlativa às figurações do sujeito patologi-zado, fatigado e perdido