Revista Uningá (Mar 2016)
DISTÂNCIA ÁPICE-FORAME E SUA CORRELACÃO COM O MÉTODO DE ODONTOMETRIA RADIOGRÁFICA
Abstract
O objetivo deste trabalho foi mensurar em MEV a distância ápice-forame apical de 38 espécimes pertencentes a diferentes grupos dentais e sua correlação com o método de odontometria radiográfica. Criou-se dois grupos com a finalidade de supor onde seriam instrumentados e obturados (comprimento de trabalho) os dentes aferidos, considerando o ápice e o forame como pontos de referência. No Grupo 1 utilizou-se a distância ápice-forame subtraindo 1 mm e no Grupo 2, distância ápice-forame somando 1 mm, ou seja, o grupo 1 descrevendo a odontometria a partir do ápice e o 2, do forame apical. Os valores para o Grupo 1 variaram de -0,56 a 0,94 mm. Para o Grupo 2, os resultados variaram de 1,06 a 2,56 mm, revelando que o limite sempre ficou no interior do canal. Segundo o teste T de student, os grupos mostraram-se diferentes significativamente, revelando que a técnica que usa o ápice como referência poderia levar a ocorrência de sobre instrumentação e sobre obturação. Como o forame é dificilmente visualizado em radiografias e o ápice é a estrutura anatômica visível sempre utilizada, este trabalho sugere que o exame radiográfico não seja utilizado como recurso definitivo para determinação do comprimento de trabalho no tratamento endodôntico.