Fisioterapia em Movimento ()

Descarga de peso e prevalência de degeneração no joelho de indivíduos amputados

  • Eduardo José Danza Vicente,
  • Bárbara Palmeira Rossi,
  • Maria Cristina Pinto de Jesus,
  • Márcia Miranda Torrejais

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000300013
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 3
pp. 595 – 603

Abstract

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INTRODUÇÃO: Indivíduos amputados apresentam um desequilíbrio na descarga de peso entre os membros inferiores, o que pode desencadear o desenvolvimento da osteoartrite (OA). OBJETIVO: Quantificar a descarga de peso nos membros inferiores de indivíduos protetizados e correlacionar essa descarga com tempo de protetização, idade e com a prevalência de diagnóstico de OA. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram desta pesquisa 12 indivíduos com amputação transtibial ou transfemoral unilateral, com idade entre 19 e 64 anos. Estes foram avaliados por meio de baropodômetro computadorizado, marca IST Informatique®, modelo Foot Work, para quantificar a descarga de peso nos membros inferiores; os participantes também foram submetidos a exame radiográfico do joelho integro, em incidência anteroposterior, para verificar possível degeneração articular e também foram avaliados por um médico reumatologista para associação da possível degeneração com os sinais clínicos. RESULTADOS: O membro intacto dos indivíduos apresentou uma média de descarga de peso de 58,08% (± 5,88) e o membro amputado 41% (± 5,88), apresentando diferença significativa. Dos 12 indivíduos, 25% apresentaram diagnóstico radiográfico de leve degeneração articular no joelho contrário à amputação e nenhum deles teve diagnóstico clínico de OA. Não houve correlação entre idade, tempo de protetização e descarga de peso. Entretanto, indivíduos com maior idade e menor tempo de protetização apresentaram maiores desequilíbrios na descarga de peso. CONCLUSÃO: Amputados de membro inferior apresentam maior sobrecarga articular sobre o membro intacto, sendo que quanto maior a idade em que o indivíduo foi protetizado e menor o tempo de protetização, maior essa sobrecarga. Os que foram protetizados após a terceira década de vida apresentam maior tendência à degeneração articular do joelho intacto.

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