Audiology: Communication Research (Oct 2024)

Sensibilidade auditiva e condições de orelha média com e sem tubo de ventilação na fissura labiopalatina

  • Adriana Guerta de Souza,
  • Melissa Zattoni Antoneli,
  • Patrick Pedreira Silva,
  • Maria Inês Pegoraro-Krook,
  • Gabriela Aparecida Prearo,
  • Jeniffer de Cássia Rillo Dutka

DOI
https://doi.org/10.1590/2317-6431-2023-2880pt
Journal volume & issue
Vol. 29

Abstract

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RESUMO Objetivo Caracterizar e comparar a audição e o estado da orelha média na fissura labiopalatina nas condições com ou sem história de tubo de ventilação. Métodos Estudo retrospectivo de 463 prontuários de pacientes com fissura transforame unilateral não sindrômica, operados. Foram analisadas otoscopia, imitanciometria, audiometria e história de TV ao longo de dez anos. Resultados Dos 440 prontuários incluídos no estudo, 254 (58%) apresentaram história de TV, enquanto 186 (42%) não apresentaram. As alterações encontradas nos exames de otoscopia foram mais frequentes nas orelhas com história de TV, e o resultado estatístico revelou associação significativa entre presença de TV e ocorrência de fluido (p<0,001); ocorrência de opacificação (p<0,001); ocorrência de retração (p<0,001); ocorrência de perfuração na membrana timpânica (p<0,001) e ocorrência de timpanosclerose (p<0,001). A curva tipo B foi observada em 46,4% das orelhas com história de TV, comparada a 16,3% no grupo sem TV (p<0,001) e a diferença de 30,1% entre os grupos foi significativa (p<0,001), indicando associação relevante entre TV e ocorrência de curva tipo B. A perda auditiva foi mais frequente para as orelhas com TV (34,2%) do que sem TV (10,4%) e a diferença foi significativa (p<0,001) indicando associação expressiva entre TV e perda auditiva. Conclusão Foram encontrados piores resultados otoscópicos e auditivos em pacientes com fissura labiopalatina com história de tubo de ventilação presente.

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