Scientific Electronic Archives (Apr 2024)

Uso do silício no crescimento e produção do feijoeiro submetido a diferentes condições hídricas

  • Sandro Dan Tatagiba,
  • Camila Carelli,
  • Ana Luiza Pirolli Figueiredo,
  • Luana Brancaleoni,
  • João Peterson Pereira Gardin,
  • Allan Charlles Mendes de Souza,
  • Alan Schreiner Padilha

DOI
https://doi.org/10.36560/17320241930
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 3

Abstract

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O objetivo deste trabalho foi investigar o uso do silício (Si) no crescimento e produção do feijoeiro em diferentes condições hídricas no substrato. Para isso, plantas de feijão comum, Phaseolus vulgaris, cultivar SCS207 “Querência” do grupo carioca, foram cultivadas em vasos plásticos contendo 8 dm-3 de substrato no interior da casa de vegetação do Instituto Federal Catarinense, Campus Videira. As plantas cresceram com o substrato mantido próxima a capacidade de campo por 45 dias após a emergência (DAE), quando então, foram estabelecidos dois níveis de água, definidos a partir da porosidade total do solo, com valores de 50 (D+) e 100% (D-) do volume total de poros ocupados por água (Capacidade de Campo), sendo o controle da irrigação realizado pelo método gravimétrico (pesagem diária dos vasos), adicionando-se água até que a massa do vaso atingisse o valor prévio determinado, considerando-se a massa do solo e de água. A aplicação das doses de Si foi realizada através de um pulverizador manual com capacidade de 500 mL e um bico tipo leque para aplicação. Plantas controles onde não foram aplicadas o Si, foram pulverizadas com água destilada. Utilizou-se o fertilizante foliar mineral simples silicato de potássio (Flex Silício®) nas doses: 0 mL/L (Controle, Si-) e 6 mL/L (Si+) de silicato de potássio, aplicados aos 45, 60 e 75 DAE. O experimento foi montado em esquema fatorial 2×2, com quatro repetições, composto por dois níveis de água [100 e 50% da capacidade de campo, ou seja, sem déficit hídrico (D-) e com déficit hídrico (D+), respectivamente] e dois níveis de doses do Si [0,0 mL/L (Controle, Si-) e 6mL/L (Si+), dispostos num delineamento experimental inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas no tempo (15, 30, 45, 60, 75 e 90 DAE). Cada unidade experimental foi composta de um vaso plástico contendo duas plantas. As avaliações de crescimento e desenvolvimento foram realizadas quinzenalmente, até o final do período experimental, iniciadas após o décimo quinto dia da emergência das plântulas. Em cada coleta foram analisados por planta em cada tratamento as seguintes variáveis: altura, diâmetro do coleto, número de vagens e estimativa da área foliar, a matéria seca das folhas, ramos e haste, raiz e total (folha, ramos e haste, e raiz). A produção foi mensurada através da massa seca de vagens e das sementes (grãos) por planta, realizada no final do experimento. Também foi estimada a produtividade potencial do feijoeiro de acordo com os valores obtidos da matéria seca dos grãos por planta, considerando um espaçamento de 40 x 50 cm em um hectare (ha), o que totalizou 50 mil plantas/ha. Os resultados obtidos mostraram, de modo geral, que o fornecimento de Si beneficiou o crescimento vegetativo e o desenvolvimento das plantas, em condições de adequada disponibilidade hídrica no substrato, como pode ser evidenciado pelos aumentos significativos encontrados para a altura, diâmetro do coleto, comprimento da raiz e área foliar. O fornecimento de Si aliado a adequada disponibilidade hídrica no substrato (Si+D-) contribuiu para os incrementos significativos na matéria seca das folhas, haste e ramos, raiz e total, levando a maior produção na matéria seca de grãos e da produtividade. O Si também contribuiu para a atenuação do déficit hídrico, melhorando o crescimento e rendimento do feijoeiro quando comparado com as plantas onde não era fornecido o elemento.

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