Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Jun 1990)

Relationship between the prevalence of antibodies to hepatitis B core antigen and arbovirus in fishermen from the Ribeira Valley, Brazil Relação entre as prevalências de anticorpos para hepatite B (anti-HBc) e arbovirus em pescadores da região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil

  • Lygia Busch Iversson,
  • Celso F. Hernandes Granato,
  • Amélia Travassos da Rosa,
  • Cláudio Sérgio Pannuti

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651990000300012
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 3
pp. 215 – 220

Abstract

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Sera from 299 fishermen 16 to 80 years old, residents in Cananeia and Iguape counties, southern cost of São Paulo State, Brazil, were studied in order to identify a possible association between the prevalence of specific antibodies to the hepatitis B virus (HBV) and exposure to haematophagus mosquitoes evaluated by the prevalence of arbovirus antibodies. This professional group presented the highest prevalence of arbovirus antibodies (54.1%) in past investigations carried out in this heavily forested region. Detection of antibody to hepatitis B core antigen (anti-HBc) in the sera was done by enzyme immunoassay (Roche). Prevalence of anti-HBc antibodies in this group was 31.4% (94/299) which is very high compared with 7.2% to 15.0% for different groups of healthy adults in State of São Paulo. No significant difference is observed between the prevalences of HBV antibodies in Iguape and Cananeia. Prevalence of anti-HBc and anti-arbovirus antibodies increases with age. There is a concordance in the distribution according to age groups of the frequency of anti-HBc and anti-arbovirus positive sera. Ag HBs was detected in 4% of the studied sera. These results support the hypothesis that the transmission of the hepatitis B virus and the arboviruses may be due to the same factor, one of the possibilities would be by anthropophilic mosquitoes.Soros de 299 pescadores de 18 a 80 anos de idade, residentes nos municípios de Iguape e Cananéia, região sul do Estado de São Paulo, foram estudados com o objetivo de identificar uma possível associação entre a prevalência de anticorpos específicos para a hepatite B e a exposição a mosquitos hematófagos, avaliada indiretamente pela prevalência de anticorpos de arbovírus. Esse grupo profissional apresentou, em pesquisas anteriores nessa área extensamente coberta por mata, a mais alta prevalência de anticorpos de arbovírus (54,1%). Utilizou-se teste imunoenzimático para detecção de anti-HBc e HBs Ag. Em 31,4% dos soros estavam presentes anticorpos anti-HBc, proporção significativamente mais alta que as detectadas em adultos sadios examinados no Estado de São Paulo (7,2% a 15,0%). HBs Ag foi observado em 4% dos soros examinados. As prevalências de anticorpos de arbovírus e hepatite B aumentaram significante-mente com a idade (p < 0,05), ocorrendo concordância na distribuição das freqüências segundo idade entre os soros positivos para hepatite B e para arbovírus. Os resultados sugerem uma forma semelhante de transmissão desses agentes apoiando a hipótese da transmissão de hepatite B por mosquitos antropofílicos.

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