Boletim do Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego (Jun 2019)

Participação da geração eólica e fotovoltaica na matriz enérgica brasileira – 2013 a 2017

  • Fabiano Baldez da Costa Brito,
  • Jairo Lúcio Gomes Siqueira,
  • Mariana Bacelar Turra,
  • Marcos Antonio Cruz Moreira,
  • Flavia Ribeiro Villela

DOI
https://doi.org/10.19180/2177-4560.v13n12019p168-184
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 1
pp. 168 – 184

Abstract

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A diversificação de fontes de energia, notadamente daquelas classificadas como renováveis, é uma tendência mundial, sendo o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU nº 7, na chamada Agenda 2030 (ONU, 2015). O Brasil tem neste quesito grande destaque no cenário mundial, pois nos últimos anos tem utilizado em média mais de 40% do seu consumo oriundo de fontes renováveis de energia elétrica, muito superior à média mundial e dos países da OCDE (EPE, 2018). Atualmente, as energias eólica e fotovoltaica têm se destacado com forte crescimento em participação na matriz energética brasileira. Considerando que o subsídio para as energias renováveis é rateado entre todos os consumidores, entender os reflexos dos subsídios no desenvolvimento da utilização dessas fontes de energia é necessário para a avaliação dos resultados obtidos. Estudar as fontes eólica e fotovoltaica, que vêm se destacando no cenário mundial, é importante para a compreensão desse fenômeno. O objetivo do presente trabalho foi analisar a evolução da participação das fontes de energia eólica e fotovoltaica (EFV) na matriz energética brasileira de geração de energia elétrica no período de 2013 a 2017. Os dados utilizados foram extraídos da Agência Nacional de Energia Elétrica e tratados utilizando as aplicações computacionais Microsoft® Excel® 365 e R ver. 3.5.1. Para isso, foram utilizados métodos de Estatística Descritiva tanto gráficos quanto de resumos numéricos, assim como métodos de normalização e de correlação de Pearson. Constatou-se que o aumento da participação dessas fontes de energia na matriz energética brasileira é consistente, mesmo com as limitações climáticas ocorridas em determinadas partes do ano, indicando que os subsídios governamentais têm surtido efeito.

Keywords