Revista Tempos e Espaços em Educação (Oct 2014)

Hanami ou corpos fogem, vazam, escapam...

  • Juliana Prochnow dos Anjos,
  • Lívia de Rezende Cardoso

DOI
https://doi.org/10.20952/revtee.v0i0.2953
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 0
pp. 69 – 78

Abstract

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Trudi e Rudi e Yu e Butoh e quimono e Japão e vassoura e cabelos desajeitados e comida e parque e Fuji e remédios e cerejeiras em flor. O que pode esse encontro? Pensar em corpos femininos e masculinos tem se constituído como um exercício de distribuir funções, objetos e características a um ou a outro tipo de corpo. Nesse artigo, propomos analisar algumas passagens do filme Hanami – Cerejeiras em Flor a fim de problematizar a estabilidade das normas discursivas do “sexo”, apoiando-nos na discussão de gênero proposta pela filósofa pós-estruturalista Judith Butler. Aqui, apresentamos personagens como Rudi e Trudi representantes, de início, dos corpos masculino e feminino, respectivamente. Após alguns aspectos marcantes nas vidas dessas personagens, tais como os encontros com Yu e com o Butoh, vemos corpos abjetos serem apresentados na narrativa. Observamos, sobretudo, corpos saírem da fixidez de suas identidades para experimentarem outras maneiras de estar no mundo.