Revista de Saúde (Aug 2017)
SÍNDROME MIELODISPLÁSICA: REVISÃO DE LITERATURA
Abstract
A Síndrome Mielodisplásica (SMD) constitui uma desordem hematológica adquirida, em que os clones mieloides não conseguem se maturar eficazmente. Clinicamente pode manifestar-se por astenia, fadiga, febre, infecção e sangramento. As alterações laboratoriais mais frequentes são anemia acompanhada ou não de neutropenia e trombocitopenia no hemograma. Objetiva-se com este trabalho elucidar os critérios diagnósticos e prognósticos da síndrome Mielodisplásica, facilitando o entendimento do clínico geral. A SMD foi primeiramente classificada pelos critérios de FAB em1976 e posteriormente em 1982 em que se considera a quantidade de mieloblastos no SP e/ou MO, sideroblastos, monócitos e bastões de Auer; classificando-a em 5 subtipos. A OMS- substitui os critérios FAB a partir de 2001, utilizando os mesmos critérios de FAB acrescidos de aspectos morfológicos, genéticos, imuno-histoquímicos, e clínicos. Dividindo os subtipos de acordo com as linhagens precursoras atingidas, citopenias em SP, anormalidades citogenéticas, além de blastos em SP e MO, sideroblasto e bastões de Auer. IPSS- é o principal método prognóstico utilizado, trata-se de um escore internacional em que considera os blastos na MO, citopenias e alterações cariotípicas para estimar o prognóstico do paciente. WPSS- critério prognóstico sugerido pela OMS que leva em consideração: a dependência transfusional, classificação da SMD e cariótipo. Somando os escores e graduando o risco em muito baixo, baixo, intermediário, alto e muito alto. A SMD configura uma das patologias que merecem mais estudos, pois se trata de uma doença que acomete predominantemente o idoso e vivemos uma tendência global ao envelhecimento.