Semina: Ciências Agrárias (Aug 2019)

Estudo retrospectivo de desordens reprodutivas em cadelas no município de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil

  • Alisson Souza Costa,
  • Meire Ellen Mendes Silva,
  • Thaisa Reis dos Santos,
  • Mariana Barbosa Bisinoto,
  • Suzana Akemi Tsuruta,
  • Stefânia Beatriz Alves Borges,
  • Sara Pedrosa Franco Barbosa,
  • Aracelle Elisane Alves,
  • Antonio Vicente Mundim,
  • Selwyn Arlington Headley,
  • João Paulo Elsen Saut

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n5Supl1p2299
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 5Supl1

Abstract

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Enfermidades do sistema reprodutor são comuns, para ambos os sexos, nas mais variadas espécies. Em cadelas estas doenças têm diferentes graus de morbidade e mortalidade e são influenciadas por condições ambientais, histórico reprodutivo e tratamentos prévios com fármacos. As afecções reprodutivas podem gerar consequências distintas, variando desde a ausência de sinais clínicos até o comprometimento da fertilidade do animal. Objetivou-se determinar a casuística das enfermidades reprodutivas de cadelas atendidas no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, durante seis anos de avaliação (2012-2017), a fim de identificar quais enfermidades eram mais frequentes. Para tanto, foram consultadas informações sobre espécie, idade, raça e sexo de 32.944 animais. Destes, 16.480 eram fêmeas caninas e 1.185 foram diagnosticadas com alterações no sistema reprodutivo. Os animais foram divididos de acordo com a idade em quatro grupos (filhotes, adultos jovens, adultos e idosos); e com as enfermidades do sistema reprodutivo (Grupo 1 - alterações de vagina e vulva; Grupo 2 - alterações de ciclo estral, ovário e útero; Grupo 3 - alterações do período gestacional e parto). As médias de idades que apresentaram maior ocorrência de diagnósticos foram em cadelas adultas jovens (1 a 5 anos) com 47%. As patologias mais frequentes em fêmeas caninas foram a piometra (48,8%), distocias (13,6%) e Tumor Venéreo Transmissível (TVT) (12,6%). Os animais mestiços (SRD) foram os mais acometidos por distúrbios do sistema reprodutor, representando 60% do total de fêmeas diagnosticadas. Concluiu-se que a ocorrência de 7,2% de desordens reprodutivas mostra a relevância dessas doenças na clínica de pequenos animais e contribui para o reconhecimento de que novos métodos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas desordens são necessários.

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