Acta Botânica Brasílica (Sep 2010)
Phenological relationships between two insect galls and their host plants: Aspidosperma australe and A. spruceanum (Apocynaceae) Relações fenológicas entre duas galhas induzidas por insetos e suas plantas hospedeiras: Aspidosperma australe e A. spruceanum (Apocynaceae)
Abstract
Although gall diversity in the Neotropical region is immense, comparative studies on the phenology of host plants and their galls are scarce. Gall systems generally require high levels of phenological synchrony between the associated organisms. The relationships between the phenology of two leaf galls induced by an unidentified Cecidomyiidae in Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müell. Arg. and by Pseudophacopteron sp. in A. australe Müell. Arg. were investigated. The investigation was performed on ten individuals per species in 15-day intervals taking into consideration the percentage of galled leaves. In a one-year study, three distinct phenophases for the leaf galls and four phenophases for host plants were observed. The maximum percentage of leaf galls (80%) on A. australe occurred just after the peak of leaf sprouting. In A. spruceanum, the percentage of leaf galls was always over 50%, which can be related to continuous leaf production and gall induction in this species. In both species, developing galls were observed over the entire year, indicating multivoltinism. The ability to induce galls at young and mature sites seems to be a good strategy for galling species survivorship.Embora a diversidade de galhas na região neotropical seja grande, poucos são os estudos fenológicos comparando a fenologia das espécies hospedeiras com aquela das galhas. O desenvolvimento de galhas geralmente requer alta sincronia fenológica entre os organismos associados. A relação entre a fenologia de duas galhas foliares induzidas por um Cecidomyiidae e Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müell. Arg. e de uma espécie de Pseudophacopteron sp. e A. australe Müell. Arg. foram investigadas. O trabalho foi realizado em dez indivíduos de cada espécie em intervalos quinzenais, levando em consideração a percentagem de folhas galhadas. Durante um ano, foram observadas três fenofases distintas para as galhas foliares e quatro fenofases para a hospedeira. A maior percentagem de folhas galhadas em A. australe (80%) ocorreu após o pico de brotação, com uma boa correlação entre a brotação e a indução de novas galhas. Em A. spruceanum, a percentagem de folhas galhadas foi sempre acima de 50%, o que pode ser relacionado à contínua produção de folhas e indução das galhas nesta espécie. Em ambas as espécies, as galhas em desenvolvimento foram observadas durante todo o ano, indicando multivoltinismo. A capacidade de induzir galhas em tecidos jovens e maduros parece ser uma boa estratégia para a sobrevivência destes galhadores.
Keywords