Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada (Oct 2015)

Caracterização no estado sólido e compatibilidade farmacêutica de cloridrato de ziprasidona

  • Josiane Souza Pereira Daniel,
  • Isabela Pianna Veronez,
  • Marcello Garcia Trevisan,
  • Jerusa Simone Garcia

Journal volume & issue
Vol. 36, no. 4

Abstract

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O cloridrato de ziprasidona foi físico-quimicamente caracterizado pelas técnicas de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Termogravimetria (TG), Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR), Difração de Raios X de Pó (DRX) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). O estudo de compatibilidade foi realizado com 5 excipientes farmacêuticos diferentes (amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio, celulose microcristalina, manitol e polivinilpirrolidona – PVP) . Amostras de misturas binárias fármaco: excipiente 1:1 m/m foram estocadas por 3 meses em câmara de estabilidade (75% ± 5% de umidade relativa e 40 ºC ± 1 ºC), e então analisadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) para avaliar o efeito de cada excipiente na estabilidade química e, consequentemente, no teor do fármaco, em cada amostra . Os resultados de DRX e FT-IR identificaram a forma polimórfica F, correspondente ao cloridrato de ziprasidona monohidrato. A análise térmica demonstrou que o fármaco apresentou uma perda de massa de 4%, até 100ºC, correspondente à saída de uma molécula de água. A próxima perda de massa ocorreu a partir da temperatura de fusão (297ºC), e o fármaco foi totalmente degradado até 600ºC. Os resultados de CLAE demonstraram que o estearato de magnésio foi o único, entre os 5 excipientes testados, que provocou uma redução significativa de teor do fármaco na amostra (teor encontrado = 77% ± 3%). Dessa forma, o fármaco foi compatível com amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, manitol e PVP; e incompatível com estearato de magnésio nas condições estudadas.

Keywords