Semina: Ciências Agrárias (Jan 2011)
Postharvest of yellow passion fruit: effect of chemicals and storage temperature/ <br>Efeito de produtos químicos e temperaturas de armazenamento na pós-colheita de maracujá-amarelo
Abstract
This study aimed to evaluate the effect of chemicals and storage temperatures on the incidence of diseases and the physicochemical quality of yellow passion fruit. Fruits were harvested with 30% of the skin colored yellow and treated with different products: sodium dichloroisocyanurate (200 mg.L-1 of active chlorine), prochloraz (1000 mg.L-1), control (fruits not treated). Treatments were applied by immersion for three minutes. The fruits were packed in expanded polystyrene trays coated with PVC 17?m and stored at 15 and 25°C, 55% RH for 10 days and analyzed periodically for: rot incidence, skin color, soluble solids, titratable acidity and ascorbic acid content. After five days of storage the visible stem mycelial growth was higher in fruits stored at 25°C than at 15°C. The fungicide prochloraz reduced the appearance of rots after ten days of storage fruit. The main fungal genera found in the stems were Cladosporium, Alternaria and Fusarium. Reduction of acidity was observed on the tenth day of storage, and found lower levels of acidity in fruits at 25°C. Regarding the skin color, reduction in the angle of color during storage indicating yellowing of skin, and the fruits stored at 25°C showed a lower angle of color. The levels of ascorbic acid in fruit decreased approximately 10% during storage. The “ratio” (soluble solids: acidity) increased during storage, being higher in fruits at 25°C, due to lower acidity. It is concluded that prochloraz was effective in controlling rots and that the use of chemicals not influence the physicochemical quality of packaged fruits. Changes of physicochemical characteristics were observed depending on temperature and time of storage.Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de produtos químicos e de temperaturas de armazenamento na incidência de doenças e na qualidade físico-química de maracujá-amarelo. Frutos colhidos com 30% da superfície da casca amarela foram tratados com diferentes produtos: dicloroisocianurato de sódio (200 mg.L-1 de cloro ativo); procloraz (1000 mg.L-1); controle (frutos sem tratamento). Os tratamentos foram aplicados por imersão durante três minutos. Os frutos foram acondicionados em embalagem de poliestireno expandido revestida por PVC 17µm e armazenados a 15 e 25°C, UR 55%, por um período de 10 dias. Os mesmos foram analisados periodicamente quanto à: incidência de podridões, cor da casca, sólidos soluvéis totais, acidez titulável e teor de ácido ascórbico. A incidência de podridões e de crescimento micelial visível no pedúnculo foi crescente conforme o tempo de armazenamento. Após cinco dias o crescimento micelial foi superior nos frutos armazenados à 25°C em relação à 15°C. A aplicação do fungicida procloraz proporcionou redução no surgimento de podridões após dez dias de armazenamento dos frutos. Os principais gêneros fúngicos encontrados nos pedúnculos foram Cladosporium, Alternaria e Fusarium. Constatou-se redução da acidez no décimo dia de armazenamento, cujos teores foram menores nos frutos a 25°C. Quanto à cor da casca houve redução do ângulo de cor durante o armazenamento, indicando amarelecimento da casca, sendo que os frutos armazenados a 25°C apresentaram menor ângulo de cor. Os teores de ácido ascórbico dos frutos reduziram aproximadamente 10% durante o armazenamento. O ratio (sólidos soluvéis: acidez) aumentou durante o armazenamento, sendo maior nos frutos a 25°C, decorrente da menor acidez. Conclui-se que o procloraz foi eficiente no controle das podridões e que a utilização dos produtos químicos não influenciou a qualidade físico-química dos frutos embalados. Mudanças nas características físico-químicas foram observadas em função da temperatura e do tempo de armazenamento.