Revista Brasileira de Geomorfologia (Feb 2012)

EROSÃO NOS CAMPOS SULINOS: ARENIZACAO NO SUDOESTE DO RIO GRANDE DO SUL

  • Dirce Maria Antunes Suertegaray

DOI
https://doi.org/10.20502/rbg.v12i0.259
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 0

Abstract

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O sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987,1992,1994) desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais. O sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987,1992,1994) desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais.