Millenium (Nov 2021)

Influência das características sociodemográficas e familiares na adesão ao tratamento das pessoas hipertensas na comunidade

  • Cátia Pinto,
  • Cláudia Chaves,
  • João Duarte,
  • Odete Amaral,
  • Amadeu Gonçalves

DOI
https://doi.org/10.29352/mill029e.25070
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 9e

Abstract

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Introdução: A hipertensão arterial apresenta uma elevada prevalência sendo considerada um problema de saúde pública. Um dos obstáculos do controlo da hipertensão é a não adesão ao tratamento. Objetivo: Identificar variáveis sociodemográficas e familiares que interferem na adesão ao tratamento de pessoas com hipertensão arterial em contexto comunitário. Métodos: Estudo transversal analítico. A amostra foi de 235 pessoas com hipertensão arterial e utilizadores da Unidade Móvel de Saúde de Castro Daire. Os dados foram recolhidos em 2015 através de um questionário composto por variáveis sociodemográficas, Escala de Apgar Familiar e Escala de Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT). A análise dos dados efetuou-se no SPSS 23.0 com o recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: A maioria da amostra era do sexo feminino (63,8%) com idade média 75±8,14 anos. Apenas 34,5% dos indivíduos hipertensos apresentavam tensão arterial controlada, sendo 28,2% homens e 38% mulheres. A MAT revelou uma média de 5,66±0,49 pontos e quase 45% da população não adere ao tratamento. Os participantes com maiores níveis de adesão ao tratamento eram do sexo masculino, com idades ≤ 64 anos, sem companheiro, viver sozinhos, sem habilitações literárias, reformados, com rendimentos inferiores, com apoio social, mas sem diferenças significativas. Conclusão: Mais de metade dos indivíduos não apresentava a pressão arterial controlada e quase metade da amostra não adere ao tratamento. Não encontrámos variáveis associadas com a adesão ao tratamento.

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