Revista Brasileira de Plantas Medicinais (Jan 2012)
Extrato de alho no controle in vitro e in vivo da antracnose da videira Garlic extract in the in vitro and in vivo control of anthracnose of grapevine
Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência in vitro e in vivo do extrato bruto de alho no controle da antracnose da videira (Elsinoe ampelina). No primeiro experimento in vitro, adicionaram-se doses de 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 mL L-1 de extrato bruto de alho em meio batata-dextrose-ágar (BDA) antes da esterilização em autoclave e em meio fundente. Após 3, 5, 7 e 9 dias de incubação a 24 ± 2ºC e fotoperíodo de 16 horas, mensurou-se o crescimento micelial de E. ampelina. No segundo experimento in vitro, repetiu-se a metodologia de adição de extrato em meio fundente acrescentando 2,5 mL L-1 de óleo vegetal e uma testemunha absoluta somente com BDA. Avaliação da germinação de E. ampelina foi realizada após duas horas e após quatro horas de incubação a 24ºC e luz constante. O delineamento experimental utilizado para os experimentos in vitro foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e parcela experimental constituída por uma placa de Petri. No experimento a campo, logo após a poda da videira cv. Isabel pulverizou-se semanalmente, sobre as folhas da planta, as doses de extrato bruto de alho acrescida do óleo, exceto na testemunha absoluta (sem tratamento). A partir dos primeiros sintomas da antracnose da videira, avaliou-se a severidade que foi expressa em área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). O delineamento foi em blocos ao acaso com cinco repetições. Constatou-se que o extrato bruto de alho reduziu o crescimento micelial do patógeno, principalmente ao adicioná-lo em meio de cultura, antes da esterilização, quando expressou o máximo potencial antifúngico. Ao adicionar o óleo vegetal às doses de extrato, constatou-se inibição total nas doses de 25 ou 30 mL L-1. Este efeito aditivo entre esses compostos também foi constato no teste de germinação de E. ampelina. Em condições de campo, o extrato bruto de alho reduziu a AACPD em 83,59% na dose de 25 mL L-1.The aim of this study was to evaluate the in vitro and in vivo efficacy of the crude extract of garlic in controlling anthracnose of grapevine (Elsinoe ampelina). In the first experiment in vitro, 0, 5, 10, 15, 20, 25 or 30 mL L-1 crude extract of garlic were added to potato-dextrose-agar medium (PDA) before autoclaving for sterilization and to melting media. After 3, 5, 7 and 9 days of incubation at 24 ± 2ºC and photoperiod of 16 hours, the mycelial growth of E. ampelina was measured. In the second experiment in vitro, we repeated the methodology of adding the extract to the melting medium plus 2.5 mL-1 of vegetable oil and an absolute control with PDA only. After two and four hours of incubation at 24ºC and constant light, germination of E. ampelina was assessed. The experimental design for in vitro experiments was completely randomized with four replicates and the experimental plot consisted of a Petri dish. In the field experiment, after pruning of the grapevine cv. Isabel, the levels of crude extract of garlic plus oil were weekly sprayed on the leaves of the plant, except on the absolute control (no treatment). From the first symptoms of anthracnose of grapevine, the severity that was expressed as area under the disease progress curve (AUDPC) was evaluated. The design was in randomized blocks with five replicates. The crude extract of garlic reduced the mycelial growth of the pathogen, especially when added to the culture medium prior to sterilization, when it expressed its maximal antifungal potential. When the vegetable oil was added to the extract levels, there was complete inhibition at the levels 25 or 30 mL L-1. This additive effect of these compounds was also noted for the germination test of E. ampelina. Under field conditions, the crude extract of garlic reduced the AUDPC by 83.59% at 25 mL L-1.
Keywords