Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ()

Litíase vesicular assintomática em mulheres: aspectos epidemiológicos e clínicos

  • Adilson Cunha Ferreira,
  • Francisco Mauad Filho,
  • Fernando Marum Mauad,
  • Daniela de Abreu Barra,
  • Rogério Lino Mattos,
  • Isac Jorge Filho

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-69912006000400008
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 4
pp. 235 – 241

Abstract

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OBJETIVO: Analisar variáveis clínicas e ultra-sonográficas como presença ou ausência de barro biliar, espessura da parede e medida transversal da vesícula biliar, idade, paridade, presença ou ausência de diabetes melitus associadas à litíase vesicular assintomática, bem como determinar a sua prevalência em pacientes submetidas ao exame ultra-sonográfico. MÉTODO: Foram analisadas, em estudo prospectivo, 265 pacientes do sexo feminino, atendidas na Escola de Ultra-sonografia e Reciclagem Médica de Ribeirão Preto - EURP, durante o período de janeiro a setembro de 2001. RESULTADOS: Evidenciou-se diferença estatisticamente significativa relacionada à litíase da vesícula biliar e: espessura da parede da vesícula biliar, barro biliar, diâmetro transverso da vesícula biliar, faixa etária, paridade, passando de 4,1% na nulíparas, para 39,1% nas multíparas e diabéticas. A prevalência de litíase na vesícula biliar, em pacientes assintomáticas, foi de 14.7%. CONCLUSÕES: A litíase vesicular assintomática em mulheres ocorre principalmente com o decorrer da idade e da paridade. Os achados ultra-sonográficos mais freqüentemente encontrados foram: presença de barro biliar e de espessamento da parede da vesícula biliar.

Keywords