Revista Portuguesa de Pneumologia (Mar 2008)

Treino de músculos inspiratórios em doentes com DPOC Inspiratory muscle training in COPD patients

  • Susana Garcia,
  • Margarida Rocha,
  • Paula Pinto,
  • António M. F. Lopes,
  • Cristina Bárbara

Journal volume & issue
Vol. 14, no. 2
pp. 177 – 194

Abstract

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Objectivo: Pretendemos investigar os efeitos de um protocolo específico de treino dos músculos inspiratórios (TMI) no comportamento da dispneia, da função pulmonar, da força dos músculos respiratórios, da tolerância ao exercício e da qualidade de vida, num grupo de doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Amostra: Constituída por treze doentes com DPOC moderada a muito grave distribuídos por um grupo de controlo (n=5) com um valor médio de FEV1 de 43,9 ± 10,1% do valor teórico e um grupo experimental (n=8) com um valor médio de FEV1 de 57,8 ± ± 12,1 % do valor teórico. O grupo experimental foi sujeito a TMI por cinco semanas consecutivas e o grupo de controlo não efectuou qualquer tipo de treino, sendo apenas aconselhado a continuar com as actividades diárias até então praticadas. Resultados: A aplicação do protocolo específico de TMI melhorou significativamente a pressão máxima inspiratória (PImax) no grupo experimental (Pimax inicial - 83,3± 21,4 versus Pimax final- 98,4±17,8 cmH2O; pAim: The aim of this study was to evaluate the impact a specific inspiratory muscle training (IMT) protocol had on dyspnoea, lung function, respiratory muscle pressure, tolerance to exercise and quality of life in a group of patients with ch ronic obstructive pulmonary disease (COPD). Population: We studied 13 patients with moderate to very severe COPD divided into a control group (n=5) with an average FEV1 43.9 ± 10.1% of predicted value and an IMT group (n=8) with FEV1 57.8 ± 12.1 % of predicted value. While this study group underwent IMT for five consecutive weeks, the control group did not undergo any kind of training. Results: Using a specific IMT protocol significantly improved maximal inspiratory pressure (MIP) in the study group (initial MIP - 83.3± 21.4 versus final MIP- 98.4±17.8 cmH2O; p<0.01). The same result was seen with the St. George Respiratory Questionnaire (SGRQ) score in the study group (initial score 58±2.2 versus final score 50±2.1; p<0.05). No changes were recorded in the variables studied in the control group. Conclusions: The use of IMT in patients with moderate to very severe COPD induced an improvement in inspiratory muscle force with a consequent improvement in the quality of life in relation to symptoms.

Keywords