Colloquium Agrariae (Jul 2020)
RIZOBACTÉRIAS NO CONTROLE DE Sclerotinia sclerotiorum, E EFEITOS NA PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE PLANTAS DE SOJA.
Abstract
Sclerotinia sclerotiorum é um dos principais patógenos da cultura da soja, reduzindo o potencial produtivo da cultura e causando perdas de até 37%. Por ser habitante de solo, seu manejo é difícil. Porém, a adoção de métodos alternativos, como o uso de antagonistas, pode auxiliar na redução do inóculo do patógeno. Assim, objetivou-se com esse trabalho, selecionar rizobactérias autóctones de soja e verificar o potencial de antagonismo in vitro frente à Sclerotinia sclerotiorum, bem como o efeito desses isolados na germinação e promoção de crescimento de plantas de soja. Para isso, foram conduzidos testes de inibição e índice de velocidade do crescimento micelial, produção de compostos voláteis e metabólitos rizobacterianos e promoção de crescimento. Com relação ao antagonismo, os isolados I1, U4, M6, U13 e M8, foram os mais eficazes. Para a produção de compsotos voláteis pelo método de placas sobrepostas, os isolados M8, M10, M9, I1, M6 e U4 tiveram as maiores reduções do crescimento micelial do patógeno. Já para a capacidade dos isolados de produzir metabólitos hidrossolúveis em meio de cultura, verificou-se que os isolados I1, M3, M6 e U13 foram os mais eficazes, e para a germinação (IVG) e promoção de crescimento de plantas de soja, oito isolados aumentaram o IVG. Para a altura de plantas (cm), número de folhas, matéria seca da parte aérea e da raiz (g), não houve diferença entre os tratamentos e a Testemunha. Já para o comprimento de raiz (cm), o isolado M8 foi o mais eficaz. De maneira geral, os isolados M8, M10, M9, I1, M6 e U4 são eficazes na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum, produzem compostos orgânicos voláteis, que ajudam no controle do patógeno, bem como agem de maneira eficaz, promovendo incrementos na germinação de sementes e promoção de crescimento de plantas de soja.
