Revista Águas Subterrâneas (Jun 2013)

Análise da Salinidade dos Aquíferos na Bacia do Macacu, Itaboraí – RJ

  • Olga V. de Oliveira GOMES,
  • José Ribeiro AIRES,
  • Eduardo Duarte MARQUES,
  • Emmanoel Vieira SILVA-FILHO

DOI
https://doi.org/10.14295/ras.v27i2.27375
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 2

Abstract

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A hidrogeoquímica dos aquíferos no município de Itaboraí foi estudada entre os anos de 2009 e 2010 onde foram verificadas salinidades distintas nas unidades hidroestratifráficas sedimentares do sistema Macacu, Aluvial-lacustrino e Fluvial-marinho. Este artigo apresenta análises sobre a origem dos sais dissolvidos nas águas subterrâneas da Bacia Sedimentar do Macacu a partir de dados físico-químicos e análises da razão rCl/rBr. A rCl/rBr apontou quatro procedências para as águas subterrâneas da bacia. O Grupo 01 é formado por águas de recarga com valores da rCl/rBr = 100 – 539 e Cl inferiores a 25 mg/l. Quanto ao Grupo 02, localizados numa área de descarga, apresentaram valores de rCl/rBr = 1007 – 1500 e Cl que variou de 141 até 178 mg/L. Já o Grupo 03 são águas com rCl/rBr entre 10 – 591 mas com concentrações de Cl que variaram de 443 até 745 mg/L , pertencentes ao aquífero Aluvial-lacustrino que apesar das altas concentrações de Cl possuem relevantes valores de Br que podem estar associados a matéria orgânica. O Grupo 04 é formado por águas subterrâneas com razões rCl/rBr entre 274 – 595 e com as maiores concentrações de Cl (803 até 1246 mg/L) pertencentes ao aquífero fluvial-marinho onde ocorre a intrusão marinha. Apesar da distribuição restrita dos sedimentos da Bacia do Macacu, os seus sistemas aquíferos possuem salinidades distintas que refletem comportamentos geoquímicos diversificados na região.

Keywords