Revista Portuguesa de Cardiologia (Dec 2022)

Clinical experience of a cardio-oncology consultation at a tertiary university hospital in Portugal: An observational study

  • Manuela Fiuza,
  • Andreia Magalhães,
  • Miguel Nobre Menezes,
  • Paula Costa,
  • Leonor Abreu Ribeiro,
  • Catarina Abreu,
  • Raquel Brás,
  • Joana Vieira,
  • Ana I. Duarte,
  • Pedro Morais,
  • Beatriz Silva,
  • Luís Costa,
  • Fausto J. Pinto

Journal volume & issue
Vol. 41, no. 12
pp. 979 – 984

Abstract

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Introduction: Heart disease and cancer are the two leading causes of morbidity and mortality worldwide. Advances in cancer screening and management have led to longer survival and better quality of life. Despite this progress, many cancer patients experience cardiovascular complications during and after cancer treatment. This study describes the experience of a cardio-oncology program at tertiary academic hospital. Methods: In this retrospective observational study, cancer patients referred to the CHULN cardio-oncology consultation (COC) between January 2016 and December of 2019 were included. Data collected included: patient demographics, cancer type, reason for referral, cardiovascular risk factors, cardiac and oncologic treatments and clinical outcomes. Results: A total of 520 patients (mean age: 65 ± 14 years; 65% women) were referred to the COC. The main reasons for referral were suspected heart failure (26%), pre-high risk chemotherapy assessment (20%) and decreased LVEF (15%). Pre-existing cardiovascular risk factors were common (79%) and 309 (59%) were taking cardiac medications. The most common type of malignancy was breast cancer (216, 41%) followed by gastrointestinal (139, 27%). More than half received anthracycline-based regimens (303, 58%). Most patients (401; 77%) successfully completed cancer therapy. At the time of last data collection, the majority of patients were alive (430, 83%). Cardiac-related mortality was observed in 16%. Conclusions: The close collaboration between cardiology and oncology teams and timely cardiac monitoring was the key to the majority of patients to completing their prescribed cancer therapy. Resumo: Introdução: As doenças cardiovasculares e o cancro são as principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Avanços na triagem e tratamento do cancro têm permitido uma sobrevivência mais longa e uma melhor qualidade de vida. Apesar deste progresso, muitos pacientes com cancro apresentam complicações cardiovasculares durante e após o tratamento oncológico. Este estudo descreve a experiência de um programa de cardio-oncologia num hospital universitário terciário. Métodos: Neste estudo observacional retrospetivo, foram incluídos pacientes com cancro referenciados para consulta de cardio-oncologia (CCO) do CHULN entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019. Os dados coletados foram: dados demográficos, tipo de cancro, motivo de referenciação, fatores de risco cardiovasculares (FRCV), terapêutica cardíaca e oncológica e desfechos clínicos. Resultados: Foram referenciados para a CCO, 520 pacientes (idade média: 65 ± 14 anos; 65% mulheres). Os principais motivos de referenciação foram: suspeita de insuficiência cardíaca (26%), avaliação pré-quimioterapia de alto risco (20%) e diminuição da FEVE (15%). CVRF pré-existentes foram frequentes (79%) e 309 (59%) estavam com terapêutica cardiovascular. O tipo de cancro mais frequente foi o cancro da mama (216; 41%), seguido pelo cancro gastrointestinal (139; 27%). Mais da metade dos pacientes tez terapêutica oncológica baseada em antraciclinas (303, 58%). A maioria dos pacientes (401; 77%) completou com sucesso a terapêutica oncológica. Na altura da última coleta de dados a maioria dos pacientes estava viva (430, 83%). A mortalidade relacionada com o coração foi observada em 16%. Conclusões: A estreita colaboração entre as equipas de cardiologia e oncologia e a monitorização cardíaca atempada foi decisiva para que a maioria dos pacientes concluísse o tratamento oncológico.

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