Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (Jul 2021)

Germinação de sementes de Melocactus zehntneri (Cactaceae) submetidas a estresses hídrico e salino

  • Anny Bianca Santos Cruz,
  • Joana Paula Bispo Nascimento,
  • Marcos Vinicius Meiado

DOI
https://doi.org/10.18378/rvads.v16i3.8441
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 3

Abstract

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As sementes estão sujeitas a múltiplos estresses, como os estresses hídrico e salino, que limitam a embebição e suas chances de germinação. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento germinativo de sementes de Melocactus zehntneri (Britton & Rose) Luetzelb. (Cactaceae) quando submetidas a estresse hídrico e salino. A partir de um delineamento experimental em blocos inteiramente casualizados, o déficit hídrico foi simulado com soluções de PEG6000 nos potenciais: 0,0 (água destilada); -0,1; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa, o mesmo foi feito com NaCl para o estresse salino. As sementes não germinadas foram lavadas e recolocadas para germinar em água destilada para avaliar a recuperação, sendo avaliado a germinabilidade (%) e o t50 (dias). As sementes submetidas ao estresse hídrico germinaram até o potencial de -0,3MPa (82,0 ± 16,2%), não ocorrendo germinação em -0,6 e -0,9 MPa. No estresse salino, as sementes germinaram até o potencial de -0,6 MPa, com redução na germinabilidade à medida que aumentava a concentração de NaCl. Ao serem recolocadas em água destilada, as sementes que tinham sido submetidas ao estresse hídrico germinaram em –0,6 MPa e -0,9 MPa, porém com atraso na germinação (0,0 MPa: 5,96 ± 0,32 dias; -0,3 MPa: 11,10 ± 0,76 dias). No estresse salino, as sementes submetidas a -0.9 MPa germinaram, demonstrando que o NaCl não causou danos (estresse 0% versus 39,0 ± 14,7% na recuperação). Portanto, as sementes da população estudada de M. zehntneri são tolerantes ao estresse hídrico e salino.

Keywords