Revista Dor (Apr 2023)
Qualidade de vida de pessoas com síndrome de dor regional complexa no membro superior
Abstract
O estudo tem como objetivo descrever os doentes com síndrome de dor regional complexa do membro superior, em acompanhamento no Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital Distrital de Santarém, relativamente à sua qualidade de vida. Como objetivos secundários, pretende analisar como a qualidade de vida se relaciona com diversos fatores, funcionalidade da mão e dor. Foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital. Possui abordagem quantitativa, com metodologia descritiva e transversal. Para a avaliação foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos e clínicos, a escala Medical Outcomes Study 36-Item Short Form, a Escala Numérica de Dor e a Escala das Incapacidades do Braço, Ombro e Mão. A análise dos dados foi realizada no programa IBM Statistical Package for Social Sciences, versão 29.0.1.0., para Windows. Responderam ao questionário treze pessoas, a maioria mulheres com a idade média foi de 64,46 anos. A patologia mais citada como diagnóstico primário foi a fratura do pulso, a mediana da idade em que receberam o diagnóstico foi de 62,33 anos, o membro superior mais acometido foi o esquerdo. A Escala das Incapacidades do Braço, Ombro e Mão teve uma mediana de 54,17, a Escala Numérica de Dor teve uma mediana de 8 e os domínios do Medical Outcomes Study 36-Item Short Form com maiores valores (melhor qualidade de vida) foram o desempenho emocional, a função física e a saúde mental. A qualidade de vida das pessoas com síndrome de dor regional complexa foi geralmente inferior à da população portuguesa e pior a nível físico do que a nível mental.
Keywords