O PERFIL DOCENTE DEFENDIDO PELO BANCO MUNDIAL

Abstract

Neste artigo analisa-se o documento Professores excelentes: como melhorar a aprendizagem de estudantes na América Latina e Caribe – Visão geral, produzido pelo Banco Mundial (BM) no ano de 2014. Procura-se evidenciar quais pressupostos, sob o argumento de melhoria da qualidade do ensino, o BM define para o professor, seu trabalho e a sua carreira profissional. Situa-se a análise no contexto capitalista atual e nas estratégias burguesas de apropriação do fundo público. Aponta-se o que o BM, entendido como um importante intelectual coletivo do capital, expõe como problemas da profissão docente e o que propõe como solução, explicitando as contradições e o perfil docente pretendido no documento. Por fim, problematiza-se a educação pública e sua condução à lógica do mercado, bem como, discute-se como o cenário pandêmico na educação, sob a prevalência do ensino remoto, impulsiona o fortalecimento do perfil docente pretendido pelo Banco Mundial, principalmente no que diz respeito à utilização das Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) e a utilização das plataformas educacionais presentes no mercado de Edtechs.