Geriatrics, Gerontology and Aging (Nov 2024)
Hipotireoidismo Subclínico na Terceira Idade: Tratar ou Observar?
Abstract
Cada vez mais pessoas saudáveis estão buscando cuidados preventivos de saúde. Estes incluem consulta médica para investigação de agravo ou de fator de risco. Para dar base a essa investigação foram criadas recomendações sobre quais e com que periodicidade exames devem ser realizados. Porém se tornou comum a solicitação de exames de check up sem observação dessas recomendações. Como consequência, tratam-se pessoas assintomáticas com base apenas em exames alterados. Isso ocorre especialmente na avaliação da função tireoidiana, quando pessoas são rotuladas como portadoras de hipotireoidismo, mesmo que subclínico. O hipotireoidismo subclínico é defi nido pela presença de níveis elevados de hormônio estimulante da tireoide com níveis normais de tri-iodotironina e tiroxina. Seu tratamento é controverso, especialmente no segmento mais prevalente, mulheres acima de sessenta anos, em que o risco-benefício deve ser cuidadosamente avaliado. As causas são diversas, sendo a principal a tireoidite de Hashimoto. Entre os possíveis riscos associados incluem-se hipertensão, dislipidemia, aterosclerose, sintomas neuropsiquiátricos, alterações no humor, cognição, massa muscular, densidade óssea e qualidade de vida. Em função da alta prevalência do hipotireoidismo subclínico, estudos buscam obter informações quanto aos benefícios e à consequências do tratamento, porém os benefícios não foram totalmente observados. Há revisão da literatura com o levantamento de estudos publicados em revistas indexadas a bases de dados, como: Medline, Scielo, Dynamed, Cochrane e Up-todate. Não houve melhora na sobrevida ou redução da morbidade cardiovascular com o uso de Levotiroxina. Quanto à qualidade de vida e os outros sintomas, o tratamento não demonstrou diferenças signifi cativas.