Calidoscópio (Mar 2016)

Políticas linguísticas e suas consequências não planejadas: o programa “Inglês Sem Fronteiras” e suas repercussões nos cursos de Letras

  • Telma Gimenez,
  • Taisa Pinetti Passoni

Journal volume & issue
Vol. 14, no. 1

Abstract

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No contexto da globalização, a busca pela internacionalização da ciência brasileira tem colocado em curso diversas ações voltadas para o desenvolvimento da proficiência linguística de pesquisadores e acadêmicos. Tais iniciativas, concentradas no ensino superior, engendram transformações em outros níveis educacionais, dada a inter-relação entre eles. Medidas de curto e médio prazo visando o atendimento de demandas específicas podem gerar consequências não intencionais. O Programa do governo federal Inglês Sem Fronteiras (IsF), criado em 2012, é um exemplo de política linguística atrelada a um projeto de desenvolvimento da competitividade do país no cenário internacional, com potencial impacto tanto na formação de professores quanto na Educação Básica. Assim como outros programas governamentais executados e pesquisados pelas próprias universidades (e.g. Pibid, Parfor), observa-se que também o IsF tem sido objeto de investigação. Neste artigo, apresentamos um panorama de tais estudos, por meio da análise de cunho léxico-semântico de resumos de trabalhos apresentados em três eventos de abrangência e relevância nacional na área dos estudos da linguagem: V Congresso da Associação Brasileira de Professores Universitários de Inglês (ABRAPUI), V Congresso Latino Americano de Formação de Professores de Línguas (CLAFPL) e XI Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada. As análises buscam destacar quais aspectos da implementação do IsF são abordados e como estes se relacionam com ações formativas nos cursos de Letras. Palavras-chave: Inglês Sem Fronteiras, Políticas Linguísticas, Internacionalização.