Griot: Revista de Filosofia (Dec 2018)

Entre Kierkegaard e Heidegger: uma reflexão sobre o sentido da angústia

  • Marcos André Webber,
  • Suelen da Silva Webber

DOI
https://doi.org/10.31977/grirfi.v18i2.898
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 2

Abstract

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O presente trabalho tem como objetivo central indicar alguns pontos de aproximação e distinção entre o sentido atribuído por Kierkegaard à angústia na obra O conceito de angústia, e o modo pelo qual Heidegger aborda tal conceito no âmbito da analítica existencial desenvolvida em Ser e tempo. Muito embora seja possível apontar inegáveis semelhanças no modo pelo qual os dois autores compreendem o fenômeno da angústia, algumas distinções podem ser feitas se analisados os contextos a partir dos quais os pensadores se ocuparam do tema em questão. Enquanto que para Kierkegaard a angústia é vista em estrita relação com o pecado, a fé e a liberdade, Heidegger busca atribuir ao fenômeno do angustiar-se um sentido ontológico, inscrito no projeto da ontologia fundamental, a partir do qual torna-se possível ao Dasein ser livre para escolher a si mesmo, e assim assumir o modo próprio de ser.

Keywords