Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Apr 2010)

Índice de resistividade renal como preditor da revascularização renal para hipertensão renovascular Índice de resistividad renal como predictor de la revascularización renal para hipertensión renovascular Renal resistance index predicting outcome of renal revascularization for renovascular hypertension

  • Simone N. Santos,
  • Luiz R. Leite,
  • Tak Sun Tse,
  • Rebecca Beck,
  • Robert A. Lee,
  • Roger F. J. Shepherd

Journal volume & issue
Vol. 94, no. 4
pp. 452 – 456

Abstract

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FUNDAMENTO: A estenose arterial renal (EAR) é uma causa potencialmente reversível de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e nefropatia isquêmica. Apesar da revascularização bem sucedida, nem todos os pacientes (pt) apresentam melhora clínica e alguns podem piorar. OBJETIVO: O presente estudo se destina a avaliar o valor do índice de resistividade renal (IR) como preditor dos efeitos da revascularização renal. MÉTODOS: Entre janeiro de 1998 e fevereiro de 2001, 2.933 pacientes foram submetidos ao duplex ultrassom renal. 106 desses pacientes apresentaram EAR significativa e foram submetidos a angiografia e revascularização renal. A pressão arterial (PA) foi medida antes e depois da intervenção, em intervalos de até 2 anos e as medicações prescritas foram registradas. Antes da revascularização, o IR foi medido em 3 locais do rim, sendo obtida uma média dessas medições. RESULTADOS: Dos 106 pacientes, 81 tiveram IR80. A EAR foi corrigida somente por angioplastia (PTA) em 25 pts, PTA + stent em 56 pts e cirurgicamente em 25 pts. Dos pacientes que se beneficiaram da revascularização renal; 57 dos 81 pacientes com IR 80. Usando um modelo de regressão logística múltipla, o IR esteve significativamente associado à evolução da PA (p = 0,001), ajustado de acordo com os efeitos da idade, sexo, PAS, PAD, duração da hipertensão, o tipo de revascularização, número de fármacos em uso, nível de creatinina, presença de diabete melito, hipercolesterolemia, volume sistólico, doença arterial periférica e coronariana e tamanho renal (OR 99,6-95%CI para OR 6,1-1.621,2). CONCLUSÃO: A resistividade intrarrenal arterial, medida por duplex ultrassom, desempenha um papel importante na predição dos efeitos pós revascularização renal para EAR.FUNDAMENTO: La estenosis arterial renal (EAR) es una causa potencialmente reversible de hipertensión arterial sistémica (HAS) y nefropatía isquémica. Pese a que la revascularización sea exitosa, ni todos los pacientes (pt) expresan mejora clínica y algunos pueden empeorar. OBJETIVO: El presente estudio está destinado a evaluar el valor del índice de resistividad renal (IR) como predictor de los efectos de la revascularización renal. MÉTODOS: Entre enero de 1998 y febrero de 2001, 2933 pacientes se sometieron al ultrasonido Doppler dúplex renal. Un total de 106 de estos pacientes expresaron EAR significativa y fueron sometidos a angiografía y revascularización renal. Se midió la presión arterial (PA) antes y después de la intervención, en intervalos de hasta 2 años y las medicaciones prescriptas fueron registradas. Antes de la revascularización, el IR se midió en 3 locales del riñón, con la obtención de un promedio de estas mediciones. RESULTADOS: De los 106 pacientes, 81 tuvieron IR 80. La EAR se corrigió solamente por angioplastia (PTA) en 25 pts, PTA + stent en 56 pts y quirúrgicamente en 25 pts. De los pacientes que se beneficiaron de la revascularización renal; 57 de los 81 pacientes con IR 80. Usando un modelo de regresión logística múltiple, el IR estuvo significativamente asociado a la evolución de la PA (p = 0,001), ajustado de acuerdo con los efectos de la edad, sexo, PAS, PAD, duración de la hipertensión, el tipo de revascularização, número de fármacos en uso, nivel de creatinina, presencia de DM, hipercolesterolemia, volumen sistólico, enfermedad arterial periférica y coronaria y tamaño renal (OR 99,6-95%CI para OR 6,1-1.621,2). CONCLUSIÓN: La resistividad intrarrenal arterial, medida por ultrasonido Doppler dúplex, desempeña un rol importante en la predicción de los efectos post revascularização renal para EAR.BACKGROUND: Renal artery stenosis (RAS) is a potentially correctable cause of hypertension and ischemic nephropathy. Despite successful renal revascularization, not all patients (pt) overcome it and some get worse. OBJECTIVE: This study was designed to assess the value of renal resistance index (RI) in predicting the outcome of renal revascularization. METHODS: Between Jan 1998 and Feb 2001, 2,933 pts were referred to renal duplex ultrasound. 106 out of these had significant RAS and underwent angiography and renal revascularization. Arterial blood pressure (BP) was measured before and after the intervention, at intervals of up to 2 years and medications recorded. Prior to revascularization, RI was measured at 3 sites of each kidney and averaged. RESULTS: Out of the 106 patients, 81 had RI80. RAS was corrected with angioplasty (PTA) alone in 25 pts, PTA + stent in 56 pts and corrected by surgery in 25 pts. Of patients who benefited from renal revascularization; 57 of the 81 patients with RI 80. Using a multiple logistic regression model, RI was significantly associated with BP outcome (p=0.001), adjusted for the effects of age, sex, SBP, DBP, duration of hypertension, type of revascularization, number of medication in use, creatinine level, presence of diabetes mellitus, hypercholesterolemia, stroke, peripheral and coronary artery disease and kidney size (OR 99.6 - 95%CI for OR 6.1 to 1,621.2). CONCLUSION: Intrarenal arterial resistance measured by duplex ultrasound plays an important role in predicting BP outcome after renal revascularization for RAS.

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