Brazilian Neurosurgery (Dec 2012)

A síndrome de Stevens-Johnson em pacientes neurocirúrgicos

  • Rui D’Avila,
  • Eberval Gadelha Figueiredo,
  • Manoel Jacobsen Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1625743
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 04
pp. 231 – 236

Abstract

Read online

Objetivo: Realizar uma revisão sobre os riscos aos quais pacientes neurocirúrgicos estão submetidos em relação à síndrome de Stevens-Johnson (SSJ). Métodos: Utilizaram-se as bases de dados Cochrane, Medline, Bireme/Lilacs, buscando-se artigos dos últimos seis anos que abordassem situações clínicas relacionadas à SSJ em pacientes neurocirúrgicos. Os trabalhos foram avaliados quanto a resultados, relevância clínica, desenho do estudo e nível de evidência. Resultados: A carbamazepina é comumente implicada, sendo o HLA-B*1502 fator de risco para tal afecção na população chinesa Han e associado à mortalidade. Outras populações foram testadas para tal HLA, não se encontrando resultados homogêneos. Ácido valproico, lamotrigina, fenitoína, fenobarbital e oxcarbazepina também estão relacionados. O EMPACT (Erythema Multiforme associated with Phenytoin And Cranial radiation Therapy) é observado em pacientes portadores de malignidades intracranianas submetidos à radiação, que iniciam fenitoína para prevenção ou tratamento de crises convulsivas. Em até 73% dos casos, esse eritema pode evoluir para SSJ. Conclusão: Pacientes neurocirúrgicos são frequentemente expostos a fatores causais de SSJ. Seu manejo consiste em suporte e suspensão da terapia envolvida. Procedimentos terapêuticos devem ser utilizados com cautela, levando-se em consideração sua real necessidade, HLA suscetíveis, idade e comorbidades.

Keywords