Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais (Apr 2009)

Análise estrutural de dois bosques de mangue do rio Cajutuba, município de Marapanim, Pará, Brasil

  • João Braullio de Luna Sales,
  • Ulf Mehlig,
  • Josinaldo Reis Nascimento,
  • Luis Fernando Rodrigues Filho,
  • Moirah Paula Machado de Menezes

DOI
https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v4i1.668
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 1
pp. 27 – 35

Abstract

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O presente estudo descreve a estrutura dos bosques de mangue do rio Cajutuba, no município de Marapanim, estado do Pará, Brasil. Para o estudo estrutural do bosque, foi utilizado o método do quadrante centrado (PCQM), para o qual foram demarcadas duas transecções em dois diferentes sítios (C1 e C2). A salinidade da água intersticial foi medida apenas pontualmente em uma única coleta. Foram observadas três espécies típicas de mangue (Rhizophora mangle L., Avicennia germinans (L.) L. e Laguncularia racemosa C. F. Gaertn.). Em C1, foram encontradas as três espécies, enquanto C2 apresentou apenas indivíduos de R. mangle e A. germinans. C2 pode ser considerado um bosque monoespecífico de R. mangle, pois, em meio às árvores de R. mangle, apenas um indivíduo de A. germinans foi encontrado. Em C1, as árvores apresentaram altura entre 4 e 21 m e diâmetro entre 8,6 e 108,3 cm. Em C2, a altura das árvores variou entre 10 e 22 m e o diâmetro entre 10,5 e 97,1 cm. Como consequência do elevado diâmetro, C2 apresentou os maiores valores de área basal. Em C1, são encontrados muitos indivíduos em classes intermediárias de diâmetro, porém com presença de indivíduos de pequeno porte. Já em C2, 76% dos indivíduos têm diâmetro entre 25 e 30 cm, sendo que indivíduos de pequeno porte são quase inexistentes, mostrando uma grande uniformidade na estrutura do bosque. Altura e diâmetro das árvores de mangue do bosque em C2 são significativamente maiores do que aquelas do bosque de mangue em C1. Como a salinidade foi medida apenas pontualmente, os resultados não permitem resultados conclusivos.

Keywords