Acta Ortopédica Brasileira (Jan 2010)

Anatomia patológica da sinóvia de pacientes submetidos à liberação do túnel do carpo Pathological study of the synovial tissue of patients who underwent open carpal tunnel release

  • Pedro José Pires Neto,
  • Robinson Esteves Santos Pires,
  • Leonardo Gomes Condé,
  • Franz Moreira de Rezende,
  • José de Souza Andrade Filho

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-78522010000400005
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 4
pp. 200 – 203

Abstract

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OBJETIVO: Verificar se a biópsia da sinóvia do túnel do carpo é capaz de identificar patologias sistêmicas que não foram diagnosticadas clinicamente ou por exames laboratoriais. MÉTODO: 46 exames anatomopatológicos da sinóvia dos tendões flexores no túnel do carpo de pacientes submetidos à liberação aberta para o tratamento desta síndrome compressiva foram, retrospectivamente, analisados. Os autores propuseram uma nova classificação para a lesão de acordo com a intensidade do processo inflamatório. RESULTADOS: O exame anatomopatológico mostrou que 56,6% das lâminas foram classificadas como grau I (sem alterações inflamatórias), 32,6%, grau II (infiltrado leucocitário e fibrose discretos, além de hialinose), 4,3%, grau III (infiltrado leucocitário e fibrose intensos, presença de fibrina e neoformação vascular) e 6,5%, grau IV (as alterações acima descritas associadas à presença de calcificação local e células gigantes). Dois pacientes com amiloidose foram classificados como graus I e II e não foram encontrados depósitos de material amilóide em suas lâminas. Dois pacientes portadores de hiperparatireoidismo e outro com insuficiência renal crônica foram classificados como grau IV. CONCLUSÃO: A realização da biópsia da sinóvia do túnel do carpo, além de agregar custos adicionais ao procedimento, não possibilitou o diagnóstico precoce de doenças sistêmicas em pacientes portadores de síndrome do túnel do carpo.OBJECTIVE: To determine whether a biopsy of the synovia of the carpal tunnel is able to identify systemic diseases that were not diagnosed by clinical examination and laboratory tests. METHODS: Anatomical pathology P examinations of synovial tissue were performed in 46 patients that underwent open carpal tunnel release. Anatomical pathology examination with hematoxylin-eosin staining determined the intensity of the inflammatory process and the authors proposed a new classification of the injury according to the intensity of the inflammatory process. RESULTS: The anatomical pathology examination showed that 56.6% were classified as grade I (unchanged inflammation), 32.6%, grade II (leukocyte infiltration and discreetmoderate fibrosis), 4.3%, grade III (leukocyte infiltrate and intense fibrosis, the presence of fibrin and vascular neoformation) and 6.5%, grade IV (changes described above associated with the presence of local calcification and giant cells). Two patients with amyloidosis were classified as grade I and II and no stockpiles of amyloid material were found on their slides. Two patients with hyperparathyroidism and another with chronic kidney failure were classified as grade IV. CONCLUSION: Synovial biopsy of the carpal tunnel did not make early diagnosis of potential systemic diseases possiblein patients with carpal tunnel syndrome, and adds extra costs to the procedure.

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