Caminhos (Nov 2018)
MULHERES EVANGÉLICAS E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: O QUE O PODER PÚBLICO E A IGREJA TÊM A VER COM ISSO?
Abstract
O aumento do contingente de mulheres que se declaram evangélicas, por si só tem sido objeto de pesquisas que visam compreender a dinâmica religiosa brasileira, porém, o aumento do número de mulheres evangélicas que declaram terem sido agredidas por seus parceiros ainda carece de mais atenção de pesquisadoras e pesquisadores que trabalham sobre a violência doméstica. Dependendo do nível de envolvimento das mulheres evangélicas com a Igreja, esta pode desempenhar papel fundamental para a permanência ou para a ruptura de suas “fiéis” com casamentos violentos. Essa constatação gerou nosso interesse pela escuta de mulheres evangélicas em situação de violência e também de autores de violência, visando trazer à tona as formas como ambos compreendem as relações de dominação que se tecem no âmbito doméstico, e a possível influência de sua confissão de fé no processo de perpetuação ou de ruptura com o ciclo de violência. A pesquisa envolveu a escuta de oito mulheres pentecostais em dois grupos focais e também entrevistas com quatro homens autores de violência. EVANGELICAL WOMEN AND DOMESTIC VIOLENCE: WHAT THE GOVERNMENT AND THE CHURCH HAVE TO DO WITH IT? in recente decades, the increase of the quota of women who declare being Evangelical has been the subject of research aimed at understanding the Brazilian religious dynamic, however, the increase in the number of Evangelical women who claim to have been assaulted by their partners still needs more attention from researchers working on domestic violence. Depending on the level of involvement of Evangelical women with Church, this women can play a fundamental role for the permanence or for the break of its "faithful" with violent marriages. This finding raised our interest in listening Evangelical women in violence situation and perpetrators of violence, in order to bring to light the ways both understand the relations of domination that weave in the household, and the possible influence of your confession of faith in the process of perpetuation or break from the cycle of violence. The research involved eight Pentecostal women listening in two focus groups and also interviews with four men perpetrators of violence.
Keywords