Brazilian Journal of Psychiatry (Dec 2006)

Fertility and fecundity of an outpatient sample with schizophrenia Fertilidade e fecundidade em uma amostra de pacientes ambulatoriais com esquizofrenia

  • Angela Cristina Cesar Terzian,
  • Sérgio Baxter Andreoli,
  • Denise Razzouk,
  • Ana Cristina Chaves,
  • Jair de Jesus Mari

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462006000700011
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 4
pp. 305 – 307

Abstract

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OBJECTIVE: To determine reproductive rates among patients with schizophrenia who attended the outpatient clinic at the Universidade Federal de São Paulo. METHOD: All patients with schizophrenia completed a semi-standardized questionnaire, and data from the Brazilian census was used for comparing population rates. RESULTS: 167 patients completed the questionnaires and of these 33 (19.8%) were or had been married and 32 reported being a parent. The fertility rate (number of individuals who had had at least one child divided by the total number of individuals) was 19.4% (25% for females, 15.8% for males, p = 0.14). Fecundity rate was 1.75 for males and 1.69 for females (p = 0.85). A logistic regression analysis identified an association between the later date of the onset of illness and higher rate of marriage (p = 0.003). Gender and the interaction between gender and marital status were significant predictors for fertility (p OBJETIVO: Determinar as taxas de reprodução de pacientes com esquizofrenia em uma clínica de atendimento ambulatorial da Universidade Federal de São Paulo. MÉTODO: Todos os pacientes com diagnóstico de esquizofrenia preencheram um questionário semi-padronizado. Dados do censo Brasileiro foram utilizados para comparação com taxas populacionais. RESULTADOS: 167 pacientes completaram o questionário, dos quais 33 (19,8%) foram alguma vez casados e 32 tiveram filhos. A taxa de fertilidade (indivíduos que tiveram ao menos um filho pelo total de indivíduos) foi de 19,4% (15,8% para homens, 25% para mulheres, p = 0,14). A taxa de fecundidade foi de 1,75 para homens e 1,69 para mulheres (p = 0,85). Análise de regressão logística identificou associação entre idade de início da doença mais tardio com maior taxa de casamento (p = 0,003). Gênero e interação entre gênero e situação conjugal foram significantes preditores para fertilidade (p < 0,05 e p = 0,024; respectivamente). CONCLUSÕES: Pacientes com esquizofrenia mostraram menores taxas de casamento, fertilidade e fecundidade quando comparados com taxas populacionais. Contudo, muitos pacientes com esquizofrenia terão filhos durante a vida e há carência de serviços de saúde que atendam às necessidades destes indivíduos, principalmente no Brasil, um país de renda média, onde os recursos são escassos e não existem políticas que abordem esta realidade.

Keywords