Revista Uningá (Dec 2018)
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE SAÚDE BUCAL ENTRE IDOSOS DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS DE UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL
Abstract
O objetivo desse estudo transversal foi identificar o padrão de saúde bucal de idosos portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e compará-lo ao de idosos sem a doença. A amostra incluiu 504 idosos independentes, acima de 60 anos, do município de Londrina, sul do Brasil. As condições bucais foram avaliadas pelos índices CPO-D (dentes permanentes cariados, perdidos e obturados), CPI (Índice Periodontal Comunitário) e PIP (Índice de Perda de Inserção Periodontal), adotando-se critérios da Organização Mundial de Saúde. A presença de diabetes foi avaliada por meio de informações autorreferidas, medicação utilizada e níveis sanguíneos de hemoglobina glicada (HbA1C). Os idosos foram classificados em três grupos: diabéticos controlados (CD), diabéticos não- controlados (NCD) e não-diabéticos (ND). Os dados foram analisados pelos testes Qui- Quadrado e Kruskal Wallis, α=5%. Do total de idosos, 69%, 23% e 8% foram classificados nos grupos ND, NCD e CD, respectivamente. Considerando-se a condição periodontal, foi observada diferença estatística entre os grupos de idosos com relação à presença de cálculo (p=0,021) e perda de inserção (p=0,041). O grupo NCD apresentou maiores prevalências de cálculo (90,9%) e de perda de inserção severa (20%) que as apresentadas pelos outros grupos: ND (74,2%; 6,3%) e CD (66,7%; 4,8%). Não houve diferença estatística nos valores médios do Índice CPO-D entre os três grupos. Os resultados apontaram para piores indicadores de saúde bucal entre idosos diabéticos não controlados. Por seu importante papel no controle glicêmico de idosos com diabetes, a realização de procedimentos clínicos, com atenção especial à doença periodontal, faz-se necessária. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus. Idoso. Saúde Bucal.