HU Revista (Aug 2012)
Conhecimentos e atitudes de estudantes de Medicina frente à doação de sangue
Abstract
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter os estoques de hemoderivados é necessário que 3-5% da população doe sangue anualmente. A porcentagem dos brasileiros doadores (1,7%) é inferior ao preconizado. A doação de sangue entre acadêmicos de medicina é maior que a média da população brasileira. Realizamos estudo transversal com 364 estudantes de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora. 36,7% são doadores de sangue. 72,2% manifestaram intenção de doar sangue. Entre os doadores, 45,4% são mulheres e 54,6% são homens. 22,8% são filhos de pais doadores e 49,4% destes já doaram sangue pelo menos uma vez. Observamos diferença estatisticamente significativa entre ser doador e ser do sexo masculino e/ou ser filho(a) de pais doadores. Os principais empecilhos à doação foram: baixo peso (22%), falta de tempo (19,4%), falta de solicitação (14,7%). A atitude e o nível de conhecimento dos acadêmicos foram considerados satisfatórios (>80,0%), porém não aumentou ao longo do curso médico. O exemplo paterno associa-se à atitude do filho na doação. Em se tratando deste grupo amostral (estudantes de medicina), nossos resultados foram semelhantes a outras instituições de ensino quanto aos índices de doação de sangue. Assim, consideramos importante a atuação docente para aprimorar os níveis de informação sobre o tema, dada a função primordial do futuro profissional de saúde no fomento à doação de sangue junto à população, minimizando a dissociação entre oferta e demanda de bolsas de sangue em nossa região.